Resolva este desafio e ajude a Ciência a compreender a mente humana

de Julia Moretto 0

A consciência é a característica mais determinante do ser humano, mas os cientistas lutam há milênios para explicar de onde ela vem e como ela surge.

 

Já vimos estudos que tentam identificar a localização física da consciência no cérebro, e um físico chegou a propor que ela seria um novo estado da matéria. Agora, cientistas querem que o público resolva um problema de xadrez impossível para computadores para que possamos descobrir o que separa nossas mentes das máquinas.

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Se você colocar este quebra-cabeça em um computador de xadrez, ele apenas assume uma vitória das peças pretas por causa do número de peças e posições, mas um ser humano vai olhar para isso e saber rapidamente que não é o caso“, disse Sir Roger Penrose do Instituto de Matemática de Oxford.”Nós sabemos que há coisas que a mente humana consegue que mesmo o supercomputador mais poderoso não pode, mas não sabemos por quê“.

 

O desafio público foi lançado para coincidir com o lançamento do novo Instituto Penrose – um grupo de pesquisa com sede no Reino Unido filiado à Universidade de Oxford e ao University College de Londres. Fundado por Sir Penrose, o foco do instituto está no cérebro humano, na criatividade e na tão procurada ligação entre Mecânica Quântica e Relatividade Geral. Ele quer descobrir se a nossa visão de consciência esteve errada durante todo esse tempo.

 

Nossos cérebros são frequentemente comparados aos computadores, mas em seu livro de 1989, “A Nova Mente do Rei”, Sir Penrose argumenta que nem mesmo os computadores quânticos – que ainda nem construímos – poderiam rivalizar com o que está em nossas cabeças. Uma compreensão mais profunda da estranheza quântica da Física pode ser a única coisa que poderia explicar a consciência, diz ele. Nós descobrimos efeitos quânticos na fotossíntese e migração de aves, argumenta Sir Penrose, então por que não na mente humana?

 

Uma maneira de diminuir as variáveis ​​na busca pela consciência humana é descobrir o que nos separa dos maiores processadores já construídos – supercomputadores. Se os cientistas puderem descobrir por que nossas mentes possuem uma solução que até mesmo as mais avançadas máquinas não têm, teremos um grande avanço. Para desvendar o mistério, Penrose propôs um problema de xadrez.

Como explica Sarah Knapton, um computador sempre assumirá que o jogador das peças pretas ganhará neste cenário, pois ver esses três bispos,força-o a realizar uma busca maciça de possíveis posições, “que rapidamente se expandirão para algo que excede todo o cálculo“. Em particular, os pesquisadores do Instituto Penrose estão interessados ​​no processo de pensamento que o levou à solução – foi um momento repentino de gênio ou o resultado de dias de trabalho?

 

Obviamente, um pequeno quebra-cabeça de xadrez não vai revelar a chave para a consciência humana, mas é uma abordagem intrigante para o que parece uma questão impossível. Se descobrimos como os humanos diferem dos computadores, isso poderia ter profundas implicações sociológicas“, disse Penrose.”As pessoas ficam muito deprimidas quando pensam em um futuro em que robôs ou computadores vão tirar seus empregos, mas pode ser que haja áreas onde os computadores nunca serão melhores do que nós, como a criatividade“, completou.

 

Se você conseguir resolver o enigma, envie um e-mail para [email protected].

[ Science Alert ] [ Fotos: Reprodução / Science Alert ]

Jornal Ciência