Por que algumas mulheres perdem o desejo sexual?

de Merelyn Cerqueira 0

A disfunção sexual é um problema que afeta a qualidade de vida e relacionamentos de muitas mulheres. Mas, para tratá-la, é necessário primeiramente conhecer profundamente os fatos envolvidos no processo, incluindo a evolução do desejo sexual ao longo da vida de uma pessoa.

Com isso em mente, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Turku, na Finlândia, resolveu avaliar a excitação, capacidade de chegar ao orgasmo, dor durante as relações e satisfação sexual em um grupo de mais de 2.000 mulheres, de acordo com informações da página Muy Interesante.

Eles descobriram que as mudanças no estado emocional das voluntárias ao longo de sete anos de estudo tiveram impacto sobre as várias funções sexuais analisadas. As mulheres que mantiveram o mesmo parceiro durante este período experimentaram uma queda maior nos níveis de desejo sexual. Enquanto que, aquelas que haviam encontrado novos parceiros até se estabilizarem apresentaram uma queda menor. Por outro lado, as que se mantiveram solteiras até o final do estudo não mostraram diferenças no desejo.

Por outro lado, os pesquisadores ressaltaram que a maior parte dos aspectos estudados era altamente variável ao longo dos sete anos, especialmente a satisfação sexual, enquanto que o estado inicial das funções sexuais não pareceu influenciar significativamente nos dados finais. No entanto, fatores como idade, duração de um relacionamento e algumas outras variáveis associadas ao casal mostraram ter grande impacto sobre o aspecto sexual feminino.

Como resultado disso, de acordo com os cientistas, há de se considerar que cada caso de disfunção deve ser tratado de forma individual, de forma que todos os fatores sejam levados em conta, uma vez que quase sempre estão interligados.

Enquanto que a satisfação sexual mostrou ser altamente variável ao longo do estudo, de todas as funções estudadas, a capacidade em atingir o orgasmo se manteve estável, melhorando em todos os grupos no final, especialmente no das solteiras. O estudo em questão foi publicado na revista Psychological Medicine

[ Muy Interesante ] [ Foto: Reprodução / Inmagine Royalty Free ] 

Jornal Ciência