Para nós, tirar fotos de uma mãe com seus filhos mortos parece mórbido, mas no século 19, a fotografia post mortem era comum, e ajudou muitas famílias a superar o luto. Na época, epidemias de difteria, tifo e cólera levavam a vida de milhares de crianças que hoje seriam curadas por antibióticos.
Mas uma maneira de lidar com o sofrimento era através de fotografias, ou daguerreotipos, como eram conhecidas as primeiras fotos. Devido ao custo altíssimo, poucas pessoas na América do século 19 podiam se dar ao luxo de ir a um estúdio fotográfico e tirar retratos de família enquanto vivos. Então, estas eram as únicas fotos que poderiam ter para manter recordações de seus filhos amados.
Inventada pelo francês, Louis-Jacques-Mandé Daguerre, em 1839, tornou-se extremamente popular em todo o mundo. O daguerreotipo foi usado para capturar a imagem de pessoas famosas como Abraham Lincoln, Ulysses S. Grant e Robert E. Lee. Mas logo estava sendo usado para ajudar no processo de luto. Muitas famílias sentiram a necessidade de capturar a semelhança de seus filhos mortos antes de serem enterrados.
As imagens geralmente mostravam os bebês com os olhos fechados, como se estivessem em um sono tranquilo. Mas os fotógrafos às vezes tentavam fazer com que os personagens parecessem vivos, apoiando-os contra mesas ou cadeiras, mantendo os olhos abertos ou mesmo pintando as pupilas.
Cores rosadas eram adicionados às bochechas dos cadáveres, que às vezes eram registrados ao lado de seus irmãos, que estavam ainda vivos. No início do século XX, o daguerreotipo foi substituído por uma prática fotográfica mais simples e barata, e a fotografia pós-morte acabou gradualmente à medida que mais famílias podiam se dar ao luxo de tirar retratos de seus filhos à medida que cresciam.
Ainda bem que a tecnologia evolui e as pessoas passaram a registrar as crianças ainda em vida.
[ Daily Mail ] [ Fotos: Reprodução / Daily Mail ]