Conheça o melanoma: o câncer que ocorre quando células produtoras de melanina “enlouquecem”

de Julia Moretto 0

Apesar de ser um tema muito falado na atualidade, o câncer ainda tem diversos mistérios. O melanoma é um câncer maligno que atinge a pele.

 

Ele tem origem nos melanócitos – células responsáveis pelo pigmento melanina – e aparece na pele, nos olhos, orelhas, trato gastrointestinal, membranas mucosas e genitais. Segundo os especialistas, esse tipo de câncer é considerado um dos mais perigosos, pois pode invadir qualquer órgão e causar metástase.

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Há também outros tipos de melanoma, como o melanoma nodular, melanoma lentigioso acral, melanoma maligno disseminado e melanoma maligno lentigo.

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No Brasil, o câncer de pele corresponde a 30% de todos os tumores malignos. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), há cerca de 6 mil novos casos todo ano e em 2013, o número de mortes foi de 1.500 pessoas. O melanoma pode aparecer tanto na pele normal quanto a partir de alguma mancha ou lesão pigmentada.

 

Em outros casos, pode aparecer uma pinta escura com bordas irregulares acompanhada de coceira e descamação. Já em outras pessoas, pode haver uma pinta pré-existente que aumenta de tamanho e muda de cor e formato, além de apresentar bordas irregulares.

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O melanoma surge quando há algo errado nas células produtoras de melanina. Algumas de nossas células se desenvolvem com problemas no DNA e com isso, outras células crescem diferentes das demais e formam uma massa cancerosa. Exposição solar, idade, sexo, características da pele, histórico familiar, histórico pessoal e genética são fatores de risco para esse tipo de câncer.

 

Diagnóstico

O diagnóstico pode ser feito através de uma avaliação médica ou pelo exame anatômico patológico do tecido – biópsia. Outra forma é por meio de uma dermatoscopia, uma fotografia ampliada da pinta para que um especialista observe melhor a lesão. Além disso, é possível fazer o diagnóstico por meio da microscopia confocal, uma série de imagens não invasivas que analisam as camadas da pele em um tecido ainda vivo. Exames feitos com imagens como tomografia de emissão, tomografia computadorizada e ressonância magnética são importantes para verificar se o tumor aumentou. É importante salientar que a biópsia é o único exame de diagnóstico definitivo.

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Tratamento

O tratamento depende do tamanho e do estágio do câncer: quanto mais cedo for diagnosticado, mais fácil de tratar. Quando o tumor está no estágio inicial, uma pequena cirurgia pode solucionar. Porém, quando o câncer está em estágio avançado, é necessária a remoção da pele afetada, linfonodos comprometidos, quimioterapia, radioterapia, terapia biológica e terapia-alvo.

 

Conviver com esse tipo de câncer pode ser tranquilo quando se tem uma vida saudável, com alimentação equilibrada e protetor solar. Além disso, a prática de exercícios durante o tratamento é benéfica. A melhor maneira de evitar o problema é a prevenção. Por isso, use filtro solar e se notar qualquer mancha estranha na pele, procure um especialista.

[ Diário de Biologia ] [ Fotos: Reprodução / Diário de Biologia / Flickr / Wikimedia ]

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