Jovem obcecada por bronzeamento artificial descobre ter melanoma, o câncer de pele mais letal

de Merelyn Cerqueira 0

Katie Miller, de Hull, Reino Unido, tem apenas 24 anos, mas já foi diagnosticada com melanoma, a forma mais letal de câncer de pele.

No ano passado, a jovem professora notou que uma mancha estava crescendo em sua perna e que se tornava maior e mais escura a cada dia, até que procurou os médicos para receber o terrível diagnóstico. A jovem era obcecada por bronzeamento, e utilizava religiosamente camas de bronzeamento artificial para garantir uma cor na pele. Por cinco anos, em todas as suas férias, ela passava cerca de duas semanas inteiras realizando o tratamento, além de não ser adepta do uso diário de protetor solar, fatores que podem ter levado ao desenvolvimento da doença.

O melanoma é considerado uma das espécies de câncer de pele mais letais e está ligado à exposição à radiação ultravioleta (UV), emitida pelo Sol ou camas de bronzeamento artificial. Pode aparecer em qualquer parte do corpo: costas, pernas, braços, rosto e até mesmo debaixo da unha. Em casos menos comuns, ele também pode se espalhar para outros órgãos do corpo, aumentando ainda mais o risco de mortalidade. O sintoma mais comum é o aparecimento de um sinal na pele que pode ficar cada vez maior, mudar de forma, cor, sangrar, endurecer, coçar ou doer.

Uma maneira útil e eficaz de descobrir a diferença entre uma mancha normal e um melanoma, é fazer a verificação “ABCDE”: Assimetria: os melanomas têm duas metades diferentes, por serem formas irregulares. Borda: os melanomas possuem uma borda “dentada” ou irregular. Cor: geralmente possuem uma mistura de duas ou mais cores. Diâmetro: muitas vezes são maiores do que 6mm de diâmetro. Elevação: uma mancha que muda de tamanho ao longo do tempo pode, provavelmente, ser um melanoma. 

Katie precisou que sua família interviesse para que ela procurasse ajuda médica. Após ter a mancha removida, ela recebeu a notícia de que era um melanoma. “Eu estava com medo e chocada. Acho que eu senti todas as emoções possíveis”, disse ao Daily Mail. “Tudo estava passando pela minha mente, não é fácil descobrir que você tem câncer de pele aos 24 anos de idade”, lembrou.

Poucos dias após o diagnóstico, ela foi internada em um hospital onde os médicos removeram um pedaço de 10 centímetros da pele de sua perna. Os gânglios linfáticos também foram removidos de sua virilha para verificar se o câncer não tinha se espalhado, o que, para seu alívio, não tinha acontecido.

Katie Miller à esquerda.
Katie Miller à esquerda.

No entanto, ela foi informada de que existe um grande risco de que a doença volte. “Eu agora me certifico de usar protetor solar todos os dias, e certamente estou tendo mais cuidado com o Sol, especialmente durante a parte mais quente do dia”, disse ela. “Eu nunca mais vou fazer bronzeamento artificial novamente, e se eu pudesse proibiria isso em todo o mundo, até gostaria de fazer campanha pela proibição”, completou.

Sendo uma forma de câncer letal, a Organização Mundial da Saúde (OMS), já classificou as cabines de bronzeamento como tão perigosas quanto o cigarro. Uma investigação feita pela Organização descobriu quem utiliza o método antes dos 35 anos de idade está sujeito a um aumento de 90% no risco de desenvolver o melanoma.

[ Daily Mail ] [ Foto: Reprodução / Daily Mail ]

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