Penka, uma vaca de cinco anos pertencente a um rebanho na aldeia búlgara de Mazarachevo, foi condenada à morte após cruzar fronteiras da União Europeia sem realizar a burocracia necessária de viagem.
O animal se afastou de seu rebanho no dia 12 de maio, e peregrinou sem destino até atravessar a fronteira da Sérvia, que não faz parte da UE.
Save Penka the cow – Sign the Petition! https://t.co/iAg4Wre81A via @UKChange
— Sharon Gyles (@GylesSharon) 8 de junho de 2018
A vaca, que estava grávida, foi identificada por um fazendeiro sérvio, que verificou seu dispositivo de rastreabilidade. Quinze dias depois, o dono, Ivan Haralampiev, foi informado de seu paradeiro e da notícia de que precisaria ser sacrificada.
Haralampiev então resolveu ir a público com o caso, fazendo um apelo à solidariedade pública para evitar a morte de Penka. Comovidos, usuários lançaram na internet uma petição exigindo que ela não fosse sacrificada. A história tomou proporções tão grandes que até mesmo Paul McCartney resolveu apoiá-la.
O clamor internacional levou as autoridades a rever o caso. Então, no dia 11 de junho, a Agência Búlgara de Segurança Alimentar anunciou que após realizar testes no animal, que permaneceu cerca de 15 dias na Sérvia, os resultados retornaram como negativos para as doenças investigadas.
De acordo com o jornal Express, Penka foi listada para abate após as autoridades búlgaras informarem que as regras da UE exigiam determinados certificados sanitários.
Animais que cruzam as fronteiras para dentro dos países do bloco devem ser apresentados nos postos fronteiriços juntamente com a documentação que comprova que estão livres de doenças.
Penka foi examinada por veterinários sérvios que forneceram por meio de uma declaração que ela estava em plenas condições de voltar para casa.
No entanto, após saber que a vaca havia saído da UE, as autoridades da Bulgária se viram obrigadas a implementar as regras de Bruxelas, que determina a execução de animais sem os documentos sanitários apropriados – sem ao menos fazer inspeções sanitárias ou veterinárias no animal antes de tal ato bárbaro. “Eu sinceramente não entendo para que serve essa regra”, reclamou Haralampiev.
“Isso acontece o tempo todo. Não há fronteira para vacas, gatos, cachorros, eles estão sempre entrando e saindo da Sérvia e da Macedônia”. concluiu.
Fonte: Express Fotos: Reprodução / Express