TOP 7 coisas que os médicos não te contam de maneira alguma

de Merelyn Cerqueira 0

Mesmo que seu médico não esteja intencionalmente te enganando, ele por vezes pode te manter no escuro sobre certas coisas.

Tais segredos, embora possam lhe poupar tempo ou dinheiro, também podem ter um impacto significativo em sua vida. Sendo assim, conforme informações da ABC News, você confere sete coisas que os médicos nunca lhe dirão – a não ser que você saiba como pedir.

1 – “Você não precisa deste exame”

Uma amostra nacional de colonoscopias de “vigilância” – procedimentos de acompanhamento feitos após a remoção de pólipos – descobriu que até 50% dos médicos recomendam esses testes desnecessariamente.

Esse pensamento que tem uma melhor segurança como desculpa mantém os médicos seguros contra ações judiciais.

E isso não se limita somente a colonoscopias. Ressonâncias magnéticas, tomografias e ecocardiogramas também figuram a lista de exames que podem ser considerados desnecessários para alguns pacientes.

2 – “Isso vai te custar dinheiro”

Um estudo publicado no Journal of the American Medical Association mostrou que 79% dos médicos acham que é importante dizer aos pacientes sobre custos extras com exames e remédios. No entanto, apenas 35% deles realmente informa-os.

A desculpa destes médicos, segundo o Dr. G. Caleb Alexander, autor do estudo, é que estão sempre trabalhando sob pressão do tempo e não sabem o quanto os pacientes estão gastando.

O ideal para o paciente então é mencionar as despesas médicas e trabalhar com o médico para conseguir abaixá-las – isso sob uma perspectiva de pacientes que não frequentam hospitais público e não têm planos de saúde com cobertura total.

3- “Este remédio é praticamente um placebo”

“Quarenta por cento dos pacientes com resfriados que visitam um médico recebem antibióticos”, disse o Dr. Howard Brody, diretor do Centro de Ética e Humanidades nas Ciências da Vida da Universidade Estadual de Michigan.

“Os médicos podem gastar 15 minutos explicando por que o paciente não precisa de remédio, mas leva apenas um minuto para prescrever uma receita”.

Segundo Dr. Brody, o ideal aqui é você demonstrar ao médico que sua intenção não é se afundar em remédios, mas sim que o problema não seja grave o suficiente para precisá-los – especialmente antibióticos, que pelo uso desmedido e desnecessário tem provocado a resistência de bactérias.

4 – “Eu não evito problemas, eu os conserto

Segundo um estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition, apenas um em cada seis médicos informa aos pacientes sobre o papel da nutrição na prevenção de doenças, enquanto os pesquisadores no Colorado (EUA) descobriram que apenas 28% deles mencionam o exercício.

“Nós tendemos a ser mais farmacologicamente orientados por causa do treinamento de medicina”, disse o Dr. Mark Houston, autor de What Your Doctor May Not Tell You about Hypertension (“O que seu médico não pode falar sobre hipertensão”, em tradução livre). Sendo assim, não hesite em pedir referências para discutir estratégias básicas de saúde preventiva.

5 – “Não participe deste ensaio clínico

Alguns médicos podem ganhar grandes quantias de dinheiro por cada paciente que recrutam para um ensaio clínico. Logo, esta falta de objetividade pode ser perigosa para a saúde dos voluntários.

“A droga está sendo testada precisamente porque não sabemos como funcionará”, explica o Dr. Steven Joffe, pesquisador do Dana Farber Cancer Institute. Além disso, você pode acabar em um grupo de placebo e não experimentar nenhum benefício.

Sendo assim, antes de considerar participar de estudos de novos medicamentos, peça ao médico para explicar os benefícios comprovados dos medicamentos existentes em relação às potenciais vantagens do medicamento experimental.

Em seguida, descubra mais sobre o estudo em questão e se a indústria farmacêutica está oferecendo aos médicos qualquer “incentivo” de recrutamento. Se sim, mencione isso ao médico e pergunte se ele ainda está de acordo com a recomendação.

6 – “Há uma versão mais barata deste remédio”

“A maioria dos médicos não prescreve medicamentos genéricos porque há recompensas a serem obtidas na indústria farmacêutica”, disse Evan Levine, médico e autor de What Your Doctor Won’t (or Can’t) Tell You.

Segundo ele, leis federais nos EUA proíbem empresas de compensar descaradamente os médicos, mas há lacunas.

“Eles levam os médicos para um jantar caro ou um clube de strip-tease e contam isso como um seminário de ensino”, diz o Dr. Levine. Uma alternativa então é exigir do médico o remédio genérico, que tem a mesma utilidade e um menor preço.

7 – “Eu sempre vou optar pela cirurgia

“Nos sistemas de valores de muitos médicos, a cirurgia é o padrão”, diz Christopher Meyers, diretor do Kegley Institute of Ethics da California State University.

No entanto, a cirurgia nem sempre é a melhor opção. Por exemplo, um estudo feito pela Baylor College of Medicine mostrou que a dor crônica no joelho não mudou após a cirurgia, enquanto outro descobriu que considerar uma estratégia de “esperar para ver” em casos de hérnias pode ser tão efetivo quando passar por uma cirurgia.

“Você sempre deve perguntar quais são as alternativas à cirurgia, incluindo uma abordagem que a maioria dos médicos se sente incomodada oferecendo: não fazer nada”, diz Meyers.

Ainda, você pode optar por uma segunda opinião de um osteopata (osteopatia é uma prática de medicina alternativa, que consiste na utilização de técnicas de mobilização e manipulação articular, bem como de tecidos moles).

“Esses médicos adotam uma abordagem mais holística e estão familiarizados com a literatura mais recente que promove diferentes estratégias”, concluiu o Dr. Houston.

Fonte: ABC News Fotos: Reprodução / ABC News

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