No Sudão, padres tiveram sua carne retirada do corpo antes de serem enterrados

de Julia Moretto 0

Eles podem ter vivido vidas tranquilas, mas parece que os monges que viveram no Sudão há mil anos não tiveram um fim tão digno.

 

Pesquisadores escavaram quatro cemitérios antigos no Sudão e revelaram que muitos dos esqueletos dos monges tinham sinais de que sua carne foi retirada do corpo. As marcas nos ossos sugerem que sua carne foi removida pouco depois da morte – embora a razão para isso permaneça um mistério.

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Pesquisadores da Universidade McMaster, em Hamilton, escavaram 123 túmulos de quatro cemitérios próximos a um mosteiro cristão medieval no Sudão, perto do Rio Nilo. As pessoas enterradas viveram cerca de 1.000 anos atrás, durante um tempo em que os reinos cristãos floresceram na área.

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Um dos cemitérios possui unicamente homens adultos, provavelmente foi usado pelos padres. Dois cemitérios continham uma mistura mais ampla de indivíduos, enquanto o quarto continha apenas 15 caixões – muitos com características incomuns. Uma câmara possuía uma mistura de ossos com marcas de corte em dois indivíduos, feitos pouco depois de sua morte.

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Todos os indicadores são de que isso aconteceu quando os ossos ainda estavam bem frescos“, disse Robert Stark, que liderou o estudo. Ele acrescentou que era possível que as marcas de corte tenham sido feitas durante uma forma de cerimônia. 

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Várias outras pessoas enterradas no cemitério foram encontradas em posições estranhas, como uma pessoa cujas pernas estavam em um ângulo de 45 graus, com os braços cruzados em sua cabeça.

 

A escrita nas lápides pode ser dividida em duas partes. A primeira parte consistia em orações, que incluíam uma oração pela alma do falecido, uma oração à Providência de Deus, o próprio Deus muitas vezes descrito como misericordioso. Essas orações pedemque a alma seja cuidada e possa descansar no seio de Abraão, Isaque e Jacob no mundo dos vivos’. A segunda parte das gravuras da lápide contém algumas informações individuais do falecido: seu nome, idade no momento da morte, às vezes títulos que ele carregava durante seu tempo de vida – chamados cursus honorum – e profissões que ele exerceu“, explicou Artur Obluski, diretor das escavações em al-Ghazali.

[ Daily Mail ] [ Fotos: Reprodução / Daily Mail ]

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