Fotografias inéditas mostram lagos e rios que se formaram devido ao derretimento polar

de Gustavo Teixera 0

Essas imagens são ao mesmo tempo bonitas e desoladoras, pois capturam a mudança da calota polar do Ártico. O fotógrafo britânico Timo Lieber tirou as fotos em julho de 2016, em pequenos aviões e helicópteros enquanto voava várias centenas de quilômetros sobre a Groenlândia.

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As fotos mostram um corpo cada vez maior de lagos e rios azuis sobre o gelo derretido, e visam a aproximar os espectadores da calamidade ambiental que está se desdobrando.

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Lieber explica que o seu poderoso projeto “Thaw” mostra o crescente número de lagos e rios azuis que se formam na calota gelada da Groenlândia, uma das áreas mais inacessíveis da Terra.

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Aqui, na paisagem intocada, despojada do mínimo de cores e formas, o impacto dramático da mudança climática é mais evidente do que em qualquer outro lugar do mundo“, disse Lieber.

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Para fazer as imagens, ele se juntou a cientistas do Scott Polar Research Institute da Universidade de Cambridge, além de um cientista por trás da série “Frozen Planet” da emissora britânica BBC.

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A camada de gelo da Groenlândia não é apenas um deserto árido e frígido no topo do globo, é também um vasto reservatório de água doce congelada. Nas duas últimas décadas, o reservatório da Groenlândia mudou com o seu clima, e agora está perdendo em média 3,8 bilhões de toneladas de gelo por ano.

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À medida que as temperaturas do Ártico continuam a subir, vastos lagos se formam em toda a sua superfície, drenando rapidamente através da camada de gelo, fazendo com que o gelo flua mais rápido em direção ao oceano, onde ele derrete.

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Tendo viajado para o Ártico muitas vezes e vendo a taxa de mudança lá, tive a ideia de criar esta nova série de fotos“, explicou Lieber. O projeto Thaw é mais do que apenas um projeto de fotografia – é uma colaboração entre ciência, natureza e nossa capacidade de discuti-la através de fotografias”, completou. A missão de Lieber era capturar a paisagem esparsa em detalhes excepcionalmente finos, o que ele fez usando uma câmera de 100 megapixels.

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Falando sobre a ciência por trás da série, o professor Julian Dowdeswell, diretor do Scott Polar Research Institute de Cambridge, disse: “As imagens de Timo ilustram as mudanças dramáticas que temos observado no Ártico durante o início do século XXI.

[ Daily Mail ] [ Fotos: Reprodução / Daily Mail ] 

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