Conheça a criatura marinha recém-descoberta que parece o “Homem-Aranha”

de Merelyn Cerqueira 0

Encontrada nas águas ao largo da Flórida, há uma espécie chamada Thylacodes vandyensis capaz de agir como se fosse o Homem-Aranha, personagem das histórias em quadrinho da Marvel.

Embora de fato seja um molusco, ele é capaz de disparar uma teia de muco na intenção de criar armadilhas para suas presas, conforme reportado pela IFL Science. 

Cientistas já relataram que a espécie recentemente descoberta está ameaçada de extinção. Contudo, enquanto esses Thylacodes, estão em perigo, eles também podem ser considerados perigosos, uma vez que estão causando danos aos recifes de corais – como se estes já não tivessem problemas suficientes.

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A espécie que até o momento foi encontrada em apenas um local, foi nomeada como tal em homenagem ao navio General Hoyt S. Vandenburg, que navegou pela Flórida em um esforço para ajudar no crescimento dos corais.

A região, outrora, era considerada um dos maiores recifes artificiais do mundo. Segundo Dr. Rüdiger Bieler, do Museu de Campo de Chicago, que tem estudado os moluscos há vinte anos, essas criaturas rastejam de forma larval. Porém, quando se tornam adultos, se unem às pedras e nunca mais se soltam.

“Os caracóis têm um par extra de tentáculos perto da base de seu corpo, quase como pequenos braços”, disse.

“Esses tentáculos são o que eles usam para atirar a teia”. Ele viu a espécie pela primeira vez enquanto mergulhava durante um evento que comemorava o quinto aniversário de naufrágio do navio em questão. Então, considerou que a nova espécie merecia atenção.

Segundo Dr. Bieler, a espécie é maior do que a maioria dos Thylacodes. Além disso, enquanto alguns outros membros da família Vermetidae dependem principalmente da filtragem de partículas de alimentos através das brânquias, a “criatura aranha” usa a maior parte de seus alimentos para a produção das teias.

Eles também podem ser considerados criaturas extremamente solitárias. O DNA colhido desses Thylacodes sugere que seus parentes mais próximos são oriundos do Pacífico, de acordo com Bieler, e que estes vieram até a posição atual presos nos casos de navios.

Fonte: IFL Science Fotos: Reprodução / IFL Science

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