Árvores anteriormente consideradas extintas são descobertas no jardim da Rainha

de Merelyn Cerqueira 0

Uma espécie de olmo que era tido como extinta da Grã-Bretanha pelos últimos 50 anos foi descoberta recentemente em um dos jardins da Rainha, em Edimburgo, na Escócia.

As duas árvores foram encontradas durante uma pesquisa botânica realizada no quintal que rodeia o Palácio de Holyroodhouse, residência oficial da rainha Elizabeth na Escócia, de acordo com informações da Science Alert.

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O curioso é que as árvores não são tão difíceis de serem encontradas, pois medem em torno de 30 metros de altura e eram duas das mais fotografadas no jardim. Mas, aparentemente, ninguém tinha considerado que elas eram de uma espécie até então tida como extinta. Somente quando botânicos que realizaram uma pesquisa nos jardins, elas foram propriamente observadas. Como possuíam uma aparência característica, os pesquisadores perceberam ser as duas últimas sobreviventes de olmo (Ulmus ‘Wendworthii Pendula’) existentes na Grã-Bretanha.

Segundo Max Coleman, do Royal Botanic Garden Edinburgh (RBGE), a razão pela qual as árvores passaram despercebidas por tanto tempo é porque a espécie não é considerada muito comum. “Se você puxar seu livro de biologia das prateleiras para procurá-las, certamente não a encontrará listada”, explicou.

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A espécie foi praticamente extinta da Grã-Bretanha durante a década de 1970, devido a uma epidemia de doença do olmo-holandês que matou entre 25 e 75 milhões de espécies em todo o Reino Unido. Agora, especialistas estão considerando maneiras de propagar o olmo recém-descoberto e restaurá-lo em outras partes da Grã-Bretanha. No entanto, para isso, eles terão de descobrir primeiro como essas duas árvores conseguiram sobreviver.

Uma das hipóteses sugeridas por Coleman é que a Câmara Municipal de Edimburgo teria feito um levantamento para remoção dos olmos doentes durante os anos 1980, o que poderia ter proporcionado a sobrevivência das duas raridades. Arquivos da RBGE revelam que três olmos da espécie foram enviados à Alemanha em 1902, mas, depois disso, todos os dados se referem a apenas uma árvore que viveu no Jardim Botânico e morreu em 1996 em razão da doença.

Por enquanto, a origem das duas sobreviventes permanece misteriosa. Agora, a esperança é que, daqui para frente, elas possam ajudar a dar continuidade à espécie.

[ Science Alert ] [ Fotos: Reprodução / Science Alert ] 

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