O Arquipélago dos Alcatrazes, em São Sebastião, voltará a ser aberto ao público a partir de 2018, de acordo com informações de A Tribuna.
O paraíso, que fica a cerca de 35 quilômetros de São Sebastião, no Litoral Paulista, é a casa de diversas espécies de peixes, tartarugas e pássaros. Considerado um dos cenários mais belos do Brasil, o local é conhecido como ‘Fernando de Noronha Paulista’ e ‘Galápagos do Brasil’.
O arquipélago, que possui cerca de 70 mil hectares, é formado por nove ilhas, quatro lajes e dois parceis. De acordo com o analista e oceanógrafo Geraldo de França Ottoni Neto, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no período de pico da reprodução das aves, cerca de 8.000 fragatas, 2.000 atobás e muitas outras se reúnem no local.
“No mar, temos várias espécies, com destaque para raias e cações, que também utilizam a área para reprodução”, acrescentou.
As ilhas também são consideradas habitat de uma série de espécies raras, como a Jararaca-de-Alcatrazes (espécie Bothrops alcatraz), por exemplo, que é endêmica.
A presença da cobra é um dos motivos pelo qual as futuras visitas serão restritas ao entorno da formação de rochas, com cerca de quatro quilômetros de comprimento e formato de Y.
Histórico de guerra
O Arquipélago de Alcatrazes já foi utilizado como local para a prática de tiros de navios de guerra. De acordo com um infográfico publicado pelo jornal Estadão, “Alcatrazes, um mundo perdido no Litoral Paulista”, em 1989 ambientalistas protestavam contra o uso das ilhas para tal finalidade, alegando por meio de pesquisas e documentos a importância ecológica e necessidade de preservação do local.
Os ambientalistas venceram e, desde então, foi criado o Parque Nacional Marinho de Alcatrazes, considerado patrimônio de conservação ambiental do país.
Visitação
Espera-se que os turistas possam começar a visitar Alcatrazes a partir de janeiro de 2018. No entanto, é necessário que uma empresa se disponha a cadastrá-los para que sejam transportados até o local.
As regras de visitação foram elaboradas pela ICMbio, que é responsável pela preservação e estudo da fauna e flora das ilhas. Ainda, por meio da Portaria 582/2017, seguirá como principal agente na luta pela preservação ambiental da área.
Fonte: Estadão Fotos: Reprodução / Estadão