Imagem capturada por telescópio mostra halo a 500 milhões anos-luz de distância

de Merelyn Cerqueira 0

Atualmente, o modelo aceito para a formação das galáxias prevê que existem muitas estrelas em suas zonas exteriores capazes de formar um halo a partir da destruição de outras galáxias menores.

No entanto, o brilho desses halos é fraco e por isso, sua detecção até hoje é considerada um desafio.

Conforme relatado pelo Mail Online, uma imagem capturada da galáxia UGC00180, que está há 500 milhões anos-luz de distância, registrou um fraco halo, formado a partir do brilho de 400 milhões de estrelas.

A imagem foi capturada pelo Gran Telescopic Canarais, sendo considerada dez vezes mais profunda do que as registradas por qualquer outro telescópio.

O estudo, conduzido pelo Instituto de Astrofísica de Canárias (IAC), estabeleceu um limite de observação que pode ser alcançado usando o maior telescópio óptico-infravermelho do mundo.

Após 8,1 horas de observação, a equipe conseguiu confirmar a antiga teoria, proposta por físicos teóricos, de que os halos de galáxias possuem um brilho superficial extremamente baixo.

Logo, os cientistas questionavam a possibilidade de observação de imagens mais profundas, apesar do desenvolvimento tecnológico que forneceu telescópios cada vez maiores.

A técnica mais convencional para detectar esse tipo de fenômeno no espaço era feita através da contagem de estrelas.

Agora, além de provar a capacidade de profundidade dos instrumentos, esse novo método permitirá explorar novas estruturas no céu que contenham estrelas ou não.

“Depois de mostrar que a técnica funciona”, diz Ignacio Trujillo, pesquisador do IAC e primeiro autor do estudo, “o objetivo é estender o estudo para outros tipos de galáxias, para ver se esta maneira pode ajudar a compreender se a sua formação, prevista pelo modelo padrão, está correta ou não”.

Fonte: Daily Mail Fotos: Reprodução / Daily Mail

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