Existem cerca de 1,5 milhão de espécies de cogumelos e cerca de 95% delas não foram devidamente estudadas ainda. Portanto, saber se é possível comer ou não um cogumelo é difícil até mesmo para um especialista em fungos.
Comer um cogumelo encontrado ao acaso não é uma boa ideia, pois cogumelos do mesmo gênero podem ter propriedades completamente diferentes. Por exemplo no gênero Amanita, existe a espécie Amanita muscaria, que é alucinógena e durante muito tempo foi usada como droga na Europa.
Já a espécie Amanita phalloides, que também é conhecida como chapéu-da-morte, é extremamente venenosa, podendo matar um ser humano com o consumo de apenas 50 gramas. A espécie Amanita caesarea é perfeitamente segura e utilizada no Europa em saladas, mas não existe no Brasil.
Somente fazendo exames laboratoriais é possível saber se uma espécie é comestível, venenosa ou alucinógena. Somente uma análise feita por um bioquímico pode identificar a presença de toxinas – como alfa-amanitina – que são encontradas em cogumelos Amanita phalloides ou a psilocibina, do Psilocibe cubensis, que causa alucinação.Confira alguns exemplos de cogumelos do mesmo gênero que são completamente diferentes.
Amanita muscaria – Alucinógeno
Este é um dos alucinógenos mais antigos da humanidade e é popularmente chamado de mata-moscas. Ingerir apenas 1 grama pode dar alucinações.
Amanita caesarea – Comestível
Também conhecido como amanita-dos-césares, o cogumelo é consumido cru ou sem saladas na Europa sem risco de intoxicação.
Amanita phalloides – Venenoso
Conhecido também como chapéu da morte ou cicuta verde, ingerir apenas 50 gramas dele pode levar à morte. Em um caso curioso, Papa Clemente VII morreu após ingerir um cogumelo desse tipo.
[ Diário de Biologia ] [ Fotos: Reprodução / Diário de Biologia ]