Testosterona baixa: Por que homens jovens estão tendo a “menopausa masculina”? Veja 4 dicas dadas por médicos

Conhecida clinicamente como andropausa, o problema no desequilíbrio do hormônio masculino está afetando homens em idades precoces

de Redação Jornal Ciência 0

A andropausa precoce está afetando um número crescente de homens jovens que apresentam queixas com o desempenho sexual, a falta de energia, dificuldade em ter ou manter ereções e diminuição da libido.

Problema antes associado somente aos mais velhos, hoje tornou-se frequente entre pacientes de pouca idade, que exibem sinais clássicos da “menopausa masculina”.

É sabido que alguns fatores podem contribuir ativamente para a diminuição da testosterona — o hormônio masculino que diminui naturalmente com o avanço da idade.

Após os 40 anos, o homem perde algo próximo de 3% de sua testosterona a cada ano. Números apontam que, após os 60 anos, cerca de 20% dos homens sofrerão com andropausa. Um homem aos 80 anos tem 50% menos testosterona do que tinha quando era jovem.

A importância da testosterona no corpo masculino é enorme: aumento peso, perda de massa magra (músculos) e aumento da massa de gordura, diminuição da densidade dos ossos, depressão, raiva, diminuição severa da libido e problemas sexuais gerais, incluindo impotência.

Mas, poucos sabem que a baixa quantidade de testosterona não é necessariamente relacionada à idade. A andropausa precoce ocorre em homens jovens e até mesmo em adolescentes ou na puberdade, mas não é de conhecimento geral que isso é possível.

A obesidade, falta de ingestão adequada de nutrientes, estresse, sono sem qualidade, sedentarismo, diabetes tipo 2, doenças cardíacas e pressão alta podem contribuir para o declínio nos níveis de testosterona.

Não somente isso; o corpo masculino também pode reagir negativamente na produção do hormônio através da genética, por medicamentos, saúde mental e outras condições pouco conhecidas.

Especialistas, conforme relata o Medical News Today, ressaltam que uma boa alimentação, exercícios físicos como a musculação e sono adequado são uma forma inicial para contornar os problemas de baixa testosterona e estimular sua produção natural.

Mas, em muitos casos, isso não é suficiente e torna-se indicado a prescrição da Terapia de Reposição Hormonal, da mesma forma que ocorre com mulheres na menopausa. Isso deve ser feito estritamente com acompanhamento médico e exames que comprovem os baixos níveis.

Como todo hormônio, a testosterona tem múltiplas ações no corpo. A reposição por via medicamentosa tem benefícios, mas pode trazer riscos como a diminuição dos testículos e baixa produção de espermatozoides, dentre outros.

Segundo o médico Dr. Andrew Weil, a melhor opção seria uma abordagem integrativa da saúde sexual, ou seja, entender os mecanismos que estão levando aos baixos níveis da testosterona e investir em exercícios físicos, suplementos alimentares e mudança radical no estilo de vida.

Em geral, os níveis de testosterona em homens adultos variam entre 300 e 1.000 nanogramas por decilitro (ng/dl). O exame não costuma ser pedido em consultas de rotina, apenas quando há queixa de problemas sexuais ou doenças relacionadas. É importante procurar um médico para entender se você está na faixa adequada para sua idade.

O Dr. Geovanni Espinosa citou 4 fatores que podem ajudar no processo de aumento da testosterona:

1 – Alimentação saudável

Se você consome alimentos que geram acúmulo de gordura, isso pode levar à obesidade ou gerar resistência à insulina, tornando-se fatores de risco para diabetes. As células de gordura podem absorver a testosterona e diminuir os níveis disponíveis do hormônio no corpo.

2 – Faça exercícios com moderação

Associar diretamente os níveis de testosterona à prática esportiva é parcialmente verdade e precisa ser esclarecido. Fazer musculação (exercícios de alta densidade) estimula o aumento hormonal.

Mas, é importante salientar que fazer apenas exercícios cardiovasculares tem efeito oposto, diminuindo a produção de testosterona. Ter moderação e estratégia na prática de atividades físicas, são importantes. Procure orientação de um especialista para treinar adequadamente.

3 – Suplementação

O Dr. Espinosa disse que, apesar de uma alimentação balanceada, quando homens descobrem ter baixos níveis hormonais, torna-se discutível fazer suplementação de Vitamina D e Zinco, porque estes dois nutrientes têm forte impacto na produção da testosterona.

Ainda segundo ele, manipulados à base de ervas como Ashwagandha e Rhodiola Rosea podem diminuir níveis de estresse e serem afrodisíacos, ajudando no combate à ansiedade e melhorando o sono. Consulte sempre seu médico ou farmacêutico para realizar qualquer suplementação.

4 – Controlar sono e estresse

Em um mundo tão rápido, é complicado o controle destes dois fatores, mas necessário. Recomenda-se que o sono seja natural, sem uso de medicamentos, evitando celular, TV e telas em geral algumas horas antes de dormir.

Isso porque a luz azul emitida por esses equipamentos interfere diretamente na produção de melatonina, um importante hormônio reparador que induz o sono. A maior parte da testosterona é produzida durante o sono, entre às 05h00 e 07h00 da manhã, sendo fundamental dormir bem.

Fonte(s): NAV / Longevidade / CNN Internacional / Longevidade Imagem de Capa: Reprodução / Mens Health Foto(s): Reprodução / Forbes

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