Mulher de 23 anos vive com sequelas de MAV cerebral diagnosticada em 2013

de Julia Moretto 0

Zoe Roscoe, de 23 anos, de Bolton, foi diagnosticada com MAV cerebral em 2013.

Ela apresentou os sintomas de AVC, e depois de uma varredura, foi informada que a massa em seu cérebro era uma bomba-relógio. Zoe foi rapidamente submetida a uma radiocirurgia, e a massa, removida. A medida deixou seu lado esquerdo fraco e agora ela sofre com a perda de equilíbrio.

mulher-com-avc_03

Eu estava na universidade quando, de repente, meu lado esquerdo ficou dormente. Eu fiquei apavorada, pois estava tendo um derrame. Quando cheguei no hospital fizeram uma varredura do meu cérebro, e a MAV foi encontrada”, contou a estudante de psicologia. “Eu nunca tinha ouvido falar disso antes, mas estava apavorada já que os especialistas me explicaram que poderia causar danos cerebrais ou até mesmo a morte caso ele sangrasse”.

Zoe contou que não estava preparada para os efeitos colaterais que começaram um ano depois. “Todo o meu lado esquerdo ficou fraco, eu não podia andar e minha mão esquerda ficava fechada”. A garota sofreu uma reação rara ao tratamento provocada pela radiação. “As pessoas que me veem andando na rua acham que eu estou bêbada. Eu estou lutando para andar e é por isso que é tão importante sensibilizar as pessoas sobre a MAV”.

mulher-com-avc_02

A estudante se sente extremamente grata por ter realizado um tratamento pelo NHS (sistema de saúde do Reino Unido). “A maioria das outras pessoas com AVM vive apenas se preocupando se o problema vai crescer ou vazar”. Zoe contou que seu namorado, Billy Sewart, está a apoiando nesses momentos difíceis. O casal está há 8 anos junto e se conheceu na escola. “Billy cresceu comigo e viu como minha vida mudou ao longo dos anos, mas ele sempre me apoia”, disse ela.

Informe-se sobre a MAV

Malformações arteriovenosas (MAV) são defeitos do sistema circulatório, que surgem antes do nascimento. São compostos de emaranhados de artérias e veias. As artérias transportam o sangue rico em oxigênio para fora do coração às células do corpo, as veias retornam o sangue pobre em oxigênio para os pulmões e coração. A ausência de capilares – pequenos vasos sanguíneos que conectam artérias às veias – cria um atalho para o sangue passar diretamente das artérias para as veias”, disse George Christou, diretor de The Butterfly AVM Charity – instituição especializada em apoiar e ajudar quem sofre da doença.

Embora AVM possa se desenvolver em muitos locais diferentes, quando no cérebro ou na medula espinhal – as duas partes do sistema nervoso central – podem ter efeitos particularmente difundidos sobre o corpo e são particularmente devastadoras quando ocorre uma hemorragia no cérebro”, completou o especialista.

[ Daily Mail ] [ Fotos: Reprodução / Daily Mail ]

Jornal Ciência