Enquanto que os convencionais costumam vir do leite de vaca, cabra ou búfalas, o queijo mais caro do mundo vem do leite de burra. Mais especificamente de uma espécie que vive nos Balcãs, sudeste da Europa.

 

O chamado queijo “Pule” é produzindo em uma fazenda na Reserva Especial Natural de Zasavica, na Sérvia, e apenas 450 gramas dele podem custar cerca de 1.000 dólares, segundo informações da Forbes BrasilUma das razões para isso é que as burras não produzem muito leite e precisam ser ordenhadas manualmente três vezes ao dia. Logo, é possível fazer apenas 90 quilos de Pule em um ano, o que explica o valor elevado do produto final – de cor branca, aparência quebradiça e sabor salgado e intenso.

 

Caro, mas altamente nutritivo

Apesar de 450 gramas do queijo custarem mais de 3.000 reais, o leite de burra é altamente nutritivo e conhecido por fortalecer a imunidade. Acredita-se que no Egito Antigo, a rainha Cleópatra usava o leite como tratamento de pele, algo que até hoje é seguido por algumas linhas de cosméticos.

 

Pesquisadores da Universidade de Nápoles, na Itália, também descobriram que o leite de burra, bastante consumido durante a Era Vitoriana, contém menos gordura e é mais nutritivo que o de vaca, bem como funciona como uma proteção extra para o coração, uma vez que contém ômega 3 e seis ácidos graxos que reduzem o colesterol. Ainda, como é semelhante ao leite humano, poderia ser usando por crianças alérgicas aos produtos lácteos convencionais. 

 

Em experimentos, os pesquisadores descobriram que o leite de burra e vaca forneciam a mesma quantidade de energia, mas o primeiro havia causado um maior ganho de peso enquanto aumentava o metabolismo dos roedores. Os ratos que receberam leite de burra também apresentaram níveis mais baixos de triglicérides, gorduras insalubres que afetam o coração, e menor estresse no sistema metabólico.

 

O estudo concluiu que o consumo desse tipo de alimento deveria ser encorajado, e que poderia até mesmo ser melhor do que as versões semidesnatadas, de soja e outras, especialmente para crianças, uma vez que contém níveis elevados de cálcio, sendo particularmente benéfico para os ossos.

[ Forbes / The Telegraph ] [ Fotos: Reprodução / Forbes ]

Jornal Ciência