12 fatos sobre mulheres que “dão à luz” dentro do caixão; veja tudo o que a ciência sabe sobre o fenômeno

Apesar de parecer impossível, o fenômeno é real e existem registros em diversas partes do mundo. Entenda todos os fatos científicos que se sabe sobre mulheres que “dão à luz post mortem”, também chamado de “nascimento de caixão”

de Redação Jornal Ciência 0

A gravidez pode ser bastante assustadora. Mesmo uma gravidez saudável acompanhada por médicos, a gestação é acompanhada por intensas mudanças corporais e hormonais que podem ser extremamente difíceis para muitas mulheres.

No entanto, nada disso se compara aos horrores que acontecem quando mulheres morrem durante a gravidez. Um fenômeno pouco conhecido, sobre bebês “nascidos” em caixões, sempre intrigou a ciência, especialmente arqueólogos, quando se deparam com o fato.

Apesar de parecer um filme de terror, o “nascimento” em caixão é uma ocorrência natural com explicações plausíveis. Quando uma mãe grávida morre, às vezes seu corpo força o feto a sair do útero post mortem, “dando à luz” uma criança falecida.

Vários registros de arqueólogos comprovam o fenômeno e não se trata de uma lenda urbana. É estudado dentro das áreas que analisam os processos de decomposição humana.

Abaixo você confere 12 fatos sobre o assunto.

01 – Nascimentos em tumbas escavadas

Ao escavar uma tumba antiga, a última coisa que a maioria dos arqueólogos esperaria encontrar é o esqueleto de um feto parcialmente saliente de sua mãe. Existem vários registros sobre isso.

Esses registros nos ajudaram a compreender o fenômeno macabro em diversas outras situações mais recentes.

Em 2017, cientistas anunciaram a descoberta de um nascimento em caixão que datava do ano de 1300. O túmulo foi encontrado perto da moderna cidade de Gênova, na Itália.

Uma mãe foi enterrada ao lado de seus filhos, incluindo um bebê que se acredita ter nascido dentro do caixão. A mãe e seus filhos foram vítimas da peste bubônica, confirmado através de amostras de tecido que analisaram o DNA e encontraram vestígios da bactéria Yersina pestis.

02 – Registros históricos documentados

Se você voltar centenas de anos nos registros médicos, encontrará alguns relatos de nascimentos documentados em caixões.

Um texto do século 17 traz a seguinte citação sobre uma mulher que deu à luz após o fim de sua vida.

“Em 20 de abril de 1650, foi enterrada Emme, esposa de Thomas Toplace, que foi encontrada grávida de uma criança que nasceu depois de ter ficado deitada por duas horas na sepultura”.

Outro relato do mesmo século descreveu uma mulher que teve um bebê “pendurado entre as coxas” após 3 dias do falecimento. Estes são apenas alguns dos numerosos casos registrados em prontuários e observações clínicas.

03 – Existe nome técnico

O fenômeno é conhecido na comunidade científica como extrusão fetal pós-morte ou expulsão. A designação científica é mais precisa porque o fenômeno pode acontecer com qualquer mulher grávida falecida, independentemente de estar ou não no caixão.

04 – Não é tão antigo como se imagina

Embora as técnicas modernas de preservação praticamente eliminem as chances de nascimento em caixão, nem todo cadáver recebe tratamento padrão e isso varia em cada país.

No ano de 2018, uma mulher de 33 anos, na cidade de Mthaysi, na África do Sul, foi encontrada morta em sua casa após uma parada cardíaca.

As leis locais exigem que o corpo fique por 10 dias no IML e, só depois, possa ser liberado para as funerárias. Ninguém sabia que ela estava grávida.

Quando o corpo estava sendo preparado para o enterro, sendo retirado da refrigeração, os funcionários da funerária encontraram o bebê “expelido” do corpo e ficaram chocados. As informações são do jornal Daily Mail.

Foi confirmado que a mulher e o feto faleceram juntos e a autópsia confirmou que o feto foi forçado a sair pelos gases acumulados na mãe.

05 – Gases são a causa provável

Um acúmulo de gases durante a putrefação é a provável causa do nascimento no caixão. A ciência disso é tão confusa quanto o resultado, mas os pesquisadores acreditam ter descoberto o motivo que faz mais sentido em termos técnicos.

A putrefação que acontece com o corpo depois do falecimento é a causa central. À medida que os tecidos começam a se decompor, liberam grandes quantidades de gases como resíduos.

Os gases podem se acumular a ponto de precisarem encontrar uma rota de fuga, o que muitas vezes pode causar a explosão do corpo.

Esse processo pode ser a explicação para o nascimento no caixão, já que o excesso de gases pode, teoricamente, empurrar o bebê pela vagina buscando uma forma de aliviar a pressão abdominal.

06 – Fetos nem sempre saem completamente

Um dos detalhes mais sombrios sobre o nascimento no caixão é que raramente é um nascimento completo.

Muitos dos fetos são encontrados apenas parcialmente saindo do canal vaginal da mãe. Às vezes, é apenas a cabeça, enquanto outras vezes a metade do corpo.

Como não se trata de um nascimento real e é causado apenas por gases pressurizados, o feto inteiro não precisa ser liberado. Basta haver espaço suficiente para permitir que os gases escapem da cavidade.

07 – Ocorrência é raríssima

Nascimento em caixão é uma ocorrência incrivelmente rara. Existem poucos relatos de nascimentos em caixão nos registros arqueológicos, médicos e forenses.

O nascimento no caixão é tão raro que há um debate contínuo sobre se é ou não um fenômeno real. Sempre existiu dúvidas entre especialistas.

No entanto, há evidências significativas de que os nascimentos em caixões podem acontecer, mesmo nos tempos modernos, como o caso acima citado da África do Sul em 2018.

08 – Pode acontecer logo após a morte

Você pode pensar que o nascimento acontece muito tempo após a morte, mas não é o caso. Um corpo começa a se decompor mais rápido do que a maioria das pessoas imagina.

A maioria dos casos nos registros históricos afirma que o nascimento pode ocorrer dentro de alguns dias, outros dizem acontecer poucas horas após a expiração.

Um caso relatado mostra o falecimento de uma mulher grávida às 17h00 e às 3h00 ocorreu a extrusão fetal pós-morte.

09 – Difícil confirmação

É bastante difícil confirmar um caso de nascimento em caixão. A má ciência está por todo o lado, por isso os investigadores precisam de ter muito cuidado antes de anunciarem algo tão raro.

Encontrar um esqueleto fetal em um caixão, com a mãe, não é suficiente para confirmar o nascimento.

Os cientistas precisam anotar a posição do feto, bem como confirmar que o feto está em idade pré-natal.

Se a cabeça do feto estiver voltada na direção oposta da mãe, é um bom sinal de veracidade que se trata de um verdadeiro nascimento em caixão.

10 – Mães e bebês enterrados juntos

Ao longo da história, o parto tem sido uma tarefa extremamente perigosa para muitas mulheres. Às vezes a mãe não sobrevive, outras vezes o bebê não resiste ao processo.

Em casos em que mãe e filho morriam no processo, costumava-se enterrá-los juntos. Era tradição que mãe e filho fossem sepultados juntos.

Tumbas escavadas encontraram evidências de que essa prática era comum há centenas de anos, em diversas culturas.

Esse dado é importante para que as análises feitas não confundam com o nascimento em caixão.

11 – Novas técnicas eliminaram nascimentos

A ciência avançou com as técnicas de manuseio com os cadáveres e, atualmente, é quase impossível ocorrer nascimento em caixão após o corpo passar por todos os procedimentos funerários antes do enterro.

Ocorrem higienizações e remoção de vários tipos de fluidos e microrganismos, evitando que a putrefação ocorra rapidamente.

Além disso, substâncias químicas são inseridas, ajudando na conservação e impedindo o acúmulo de gases.

12 – Parto após morte cerebral, no Brasil

Mesmo à beira de perder a vida (ou clinicamente já tendo perdido), ainda há esperança em algumas gestações.

Uma mulher se tornou o foco de uma tempestade na mídia depois de dar à luz gêmeos, em fevereiro de 2017, após ter a morte cerebral diagnosticada.

A mãe era brasileira e sofreu um derrame quatro meses antes do nascimento dos gêmeos.

Frankiele da Silva Zampoli, de Curitiba, foi considerada um milagre médico. A jovem tinha apenas 21 anos e foi mantida viva por 123 dias para dar à luz os gêmeos Azaphi e Ana Vitória. Os bebês nasceram completamente saudáveis.

Fonte(s): Ranker / Discover Magazine / NCBI / Seeker / Metro UK Imagem de Capa: Reprodução / BuzzFeed Foto(s): Reprodução / Redes Sociais

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