Seja duas vezes por semana ou duas vezes por dia, o fato é que a masturbação faz parte da vida de muitas pessoas. No entanto, será que existe um limite saudável?
De acordo com Dan Drake, um terapeuta especializado em dependência do sexo e consultor clínico, não existe um “número mágico” quando se trata de hábito saudável envolvendo a masturbação. O problema, no entanto, é quando ela começa a afetar a vida de forma negativa.
Então, quando um hábito tão inofensivo pode ser tornar prejudicial? Em um artigo publicado originalmente pela Men’sHealth, essa questão foi respondida, ressaltando sintomas físicos e psicológicos que podem indicar a existência de um problema.
1 – Você começa a se machucar
De acordo com o urologista Tobias Köhler, da Universidade de Southern Illinois, EUA, algumas pessoas se masturbam até o ponto em que começam a se machucar.
Essa lesão pode ser algo como pequenos cortes na pele ou até mesmo como a Doença de Peyronie, que causa dores e curvatura anormal do pênis. Ambas são resultado do uso de pressão e atrito excessivos durante o processo.
Logo, conforme explicado pelo especialista, se este é o caso, uma redução dos eventos é necessária, bem como a procura de ajuda médica para tratar as consequências.
2 – Seu emprego e vida social são afetados
Se você faz o tipo que prefere ficar em casa em uma sexta-feira à noite ao invés de encontrar alguns amigos, ou chega atrasado em reuniões porque passou muito tempo no banheiro se masturbando, certamente o hábito está prejudicando sua vida.
Segundo Dr. Drake, se a masturbação está prejudicando sua vida social, emprego ou até mesmo impedindo que você saia de casa para procurar um parceiro (a), é sinal de que sua rotina precisa ser ajustada.
3 – Você não consegue ejacular
Algumas pessoas que se masturbam em excesso utilizam diferentes tipos de estimulação, que vão desde pornografia até movimentos específicos da mão. Conforme explicado por Dr. Köhler, quando não conseguem recriar os mesmos estímulos durante uma relação sexual, elas podem encontrar certa dificuldade para ejacular.
Basicamente, o ato de se masturbar ensina cérebro e corpo a responderem somente a um ato solo, e experiências desse tipo podem prejudicar relacionamentos.
4 – Você só consegue pensar nisso
Estar constantemente distraído e com o pensamento em quando e como você irá se masturbar novamente é uma forte indicação de um comportamento obsessivo que precisa ser gerenciado, de acordo com Dr. Drake.
5 – Você tenta se controlar, mas não consegue
“Um dos maiores critérios envolvendo qualquer tipo de dependência é a perda de controle”, explicou Dr. Drake. O problema é semelhante a um vício por cigarro ou apostas. Se você não é capaz de administrar o hábito quando sabe que já está fora de controle, é um problema que precisa de ajuda.
Ainda, há de se considerar que, em algumas ocasiões, a masturbação não é uma boa ideia. Por exemplo, Dr. Köhler e seus colegas, descobriram que masturbação diária, durante duas semanas, reduz a contagem de espermatozoides em quase 50%.
Logo, “se você está tentando ter um filho, a masturbação pode arruinar todas as suas chances”, explicou. Agora, se você identificou o problema, mas não sabe o que fazer, Dr. Drake explicou que existem duas técnicas: abstinência completa ou um método de “redução de danos”, que implica na diminuição do hábito por meio de eventos ocasionais.
Uma outra opção é procurar ajuda profissional, no caso um terapeuta especializado que poderá desenvolver um tratamento adequado.
“Não há nada perigoso ou problemático em se masturbar. Mas, se o costume começa a interferir em sua vida, você precisa tratar o caso como qualquer outro hábito prejudicial”, disse Dr. Drake.
Fonte: Men’s Health Fotos: Reprodução / Shutterstock