O registro foi feito na baía da costa oeste do Japão, enquanto Yosuke Tanaka e sua esposa, Miki, mergulhavam. Eles deram de cara com a lula-gigante de 2,5 metros.
A lula nadava em uma profundidade muito incomum, próxima à superfície, local com grande intensidade de algas: “É muito raro vê-las vivas”, disse Tanaka à Newsweek.
Imagens capturadas por Tanaka mostram a lula-gigante nadando logo abaixo da linha d’água, com seus longos tentáculos esticados. “Eu estava tão animado. E fiquei apavorado porque tinha tentáculos muito grossos; se eu fosse pego, não conseguiria escapar”, disse.

Por ter uma empresa de mergulho nas proximidades, Tanaka foi alertado por pescadores que existia uma lula-gigante nas proximidades, que poderia ser um risco em potencial.
O cientista Tsunemi Kubodera, do Museu Nacional de Natureza e Ciência de Tóquio, calculou por seu tamanho que a lula tem entre 1 a 2 anos de idade, em entrevista à NHK — canal japonês de TV.
Apesar de muito grande, a espécie registrada é considerada pequena. Especialistas em cefalópodes, como Jon Ablett, do Museu de História Natural de Londres, disse que este tipo de lula pode ultrapassar os 12 metros!
“Pensa-se que a lula-colossal (espécie Mesonychoteuthis hamiltoni), possa atingir tamanho superior a 12 metros, apesar de ninguém ter conseguido registrá-la viva em idade madura”, disse Ablett.
Sabe-se muito pouco sobre as lulas-colossais, que costumam viver em profundidades onde a luz solar não chega, usando a bioluminescência para caçar suas presas.
Já foram encontrados bicos de lulas dentro do estômago de cachalotes (que adoram comer lulas-colossais) e, através do tamanho dos bicos, acredita-se que possam atingir 22 metros quando adultas.

Um registro recente feito por pescadores da Nova Zelândia, perto de águas antárticas, encontrou uma lula-colossal de 14 metros de comprimento, pensando 495 quilos e olhos com diâmetro de um prato grande.
O cefalópode foi fisgado por acidente pelas redes e doado para a Universidade de Tecnologia de Auckland para ser estudado.
As grandes-lulas são extremamente difíceis de serem encontradas ou filmadas e nossas melhores estimativas, de fato, são os pedaços do animal encontrados nos estômagos das cachalotes, que são as principais predadoras da espécie.
Lulas-colossais podem ser encontradas em oceanos de todo o mundo, mas são mais comuns registros de seus corpos jogados nas areias de praias na Nova Zelândia e Japão, no Atlântico Norte e nas águas ao redor da África. Veja o vídeo abaixo:
Fonte(s): NewsWeek Imagem de Capa: Reprodução / Yosuke Tanaka