Em dezembro de 2015, dados obtidos por meio do Grande Colisor de Hádrons (LHC) sugeriram a existência de uma partícula mais pesada que o bóson de Higgs, e que não poderia ser descrita pelo Modelo Padrão da física de partículas.
Então, conforme relatado pelo Mail Online, mais colisões foram realizadas para recolher mais dados. Agora, os especialistas do CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear) esperam a confirmação ou refutação dessa existência que poderá levar à descoberta de um novo conjunto de partículas, e possivelmente, até mesmo uma quinta força fundamental.
Dois dos detectores, ATLAS e CMS, do LHC, estavam à procura de uma nova física através da contagem de decaimento de partículas e acabaram detectando dois fótons.
Como os fótons são fáceis de serem detectados e os físicos sabem o que esperar em termos de resultados de eventos de fundo, esse é um dos métodos mais considerados.
Quando as partículas decaem em fótons, liberam uma energia equivalente à sua massa, multiplicada pela velocidade da luz ao quadrado.
Como estamos todos familiarizados com a mais famosa equação de Einstein – e esta observação é exatamente ela em ação -, isto significa que as partículas que produziram esses fótons ainda possuem uma quantidade exata de energia sob forma de massa, ainda desconhecidas.
Segundo os físicos, acredita-se elas pesem cerca de 750 GeV, o que corresponde a cerca de seis vezes mais do que o bóson de Higgs, e quase 800 vezes mais do que um próton.
A diferença, no entanto, é que a existência do bóson de Higgs já havia sido prevista. Logo, a nova partícula, se existir, não foi prevista pelo Modelo Padrão, o que abriria um novo mundo inexplorado que poderia levar à descoberta de um novo conjunto de partículas.
O Modelo Padrão afirma que tudo no universo é feito de blocos básicos de construção, as “partículas fundamentais”, que são regidas por quatro forças: a gravidade, força eletromagnética, força nuclear fraca e força nuclear forte.
Essas forças trabalham sobre diferentes interações e diferentes magnitudes. Logo, se essa nova partícula for confirmada, ela não se encaixará neste modelo padrão, resultando, segundo alguns dos cientistas sugeriram, na criação de uma quinta força fundamental.
Os primeiros resultados obtidos no ano passado pelo acelerador, que está localizado em Genebra, não haviam sido suficientes para confirmar a existência da partícula.
Contudo, segundo os físicos, isso poderá ser concluído dentro das próximas semanas. “Devemos ter dados suficientes em meados de julho, que poderão confirmar o resultado ou colocar sérias dúvidas sobre a sua existência”, disse o professor James Olsen, e físico de Princeton, ao Mail Online. Se a colisão for confirmada, estaremos prestes a começar a escrever um novo capítulo da física fundamental.
Fonte: Daily Mail / Scientific American Foto: Reprodução / Daily Mail