Jaxon Buell, conforme relatado anteriormente aqui no Jornal Ciência, da Carolino do Norte, EUA, nasceu com microhidranencefalia, uma malformação cerebral rara que fez com desenvolvesse apenas 20% do cérebro.
Por esse motivo, os médicos disseram que ele só viveria algumas horas e, portanto, recomendou que a mãe fizesse um aborto. Brittany e Brandon Buell recusaram a opção e, em março deste ano, desafiando todas as expectativas médicas, Jaxon completou dois anos, segundo informações do Daily Mail.
Para uma criança que nunca deveria andar, conversar, ouvir ou ver, Jaxon desafiou todas as expectativas quando começou a aprender a segurar as coisas e dizer “eu te amo” aos pais.
Ele nasceu com uma condição rara, chamada microhidranencefalia, que até o momento a ciência pouco conhece. O que se sabe é que a maioria dos bebês que nascem com ela, morre dentro de algumas horas após o parto;
“Há dias difíceis, que e são muito desafiadores. Há dias que parte nossos corações vê-lo passar por um dia muito difícil, mas o que nos encoraja é vê-lo responder de volta para nós e é realmente incrível”, disse o pai, Brandon.
“Nós três passamos por muita coisa, mas ainda estamos aqui, ainda estamos juntos, ainda estamos alegres com o nosso filho e acho que essa é a parte mais importante”.
Os médicos perceberam que havia algo errado com o desenvolvimento de Jaxon apenas algumas semanas após a descoberta da gravidez. Exames mostraram que o cérebro dele não estava crescendo normalmente, então recomendaram um aborto, uma vez que acreditaram que a criança não sobreviveria.
A família se recusou, uma vez que a ideia ia contra sua fé cristã. Jaxon, por outro lado, permanece vivo e desafiando todos os dias o prognóstico que recebeu dos médicos. O problema, no entanto, é que esta perspectiva sombria ainda não foi excluída, embora os pais se mantenham otimistas.
Jaxon atualmente tem uma equipe de oito médicos e especialistas em terapia física e ocupacional cuidando dele. Ele está praticando o ato de agarrar e segurar coisas, bem como faz fisioterapia para esticar os músculos, já que cérebro está provocando a contração destes.
Quando os Buells compartilharam a história do menino nas redes sociais, se tornaram alvo de comentários odiosos e ameaças de morte. No entanto, afirmaram se concentrar apenas no que é importante: apoiar o filho.
“Honestamente isso é apenas parte de nossa rotina diária, parte da nossa vida. Ele é nosso único filho. É normal para nós. E o amamos cada minuto, mesmo que seja cansativo, ainda amamos porque ele nos traz muita alegria”, disse Britanny.
O que causa a microhidranencefalia?
A microhidranencefalia é uma anormalidade grave do desenvolvimento cerebral, que afeta 1 em cada 4.859 bebês nos EUA todos os anos.
No entanto, a maioria acaba morrendo logo após o parto e os médicos ainda não sabem o que causa a malformação. Suspeita-se que ela possivelmente seja herdada por um gene recessivo, embora o caso de Jaxon seja ainda mais complicado.
Um neurologista sugeriu uma teoria de que o cérebro dele estava se desenvolvendo normalmente, mas, algumas semanas após a gravidez, o cordão umbilical enrolou em seu pescoço, impedindo o oxigênio de chegar ao cérebro.
Exames de varreduras não mostraram que o cordão umbilical estava de fato enrolado em seu pescoço, e os médicos não perceberam isso até o momento em que nasceu. Contudo, essa teoria não foi confirmada e os Buells chegaram à conclusão de que talvez nunca descubram o que causou a malformação do filho.
Fonte: Daily Mail Fotos: Reprodução / Daily Mail