Essa palavra misteriosa tem o poder de mudar o mundo

Durante todo o trajeto histórico da humanidade vemos relatos de pequenos grupos que deram início a significativas mudanças e revoluções. O que há de comum em todos esses eventos é que as pessoas partiram de um único princípio: o questionamento da ordem vigente.

Como você certamente já deve ter percebido, esse é o mesmo método usado por crianças, conforme apontando por João Paulo Batistella, Executivo de T.I. na Telefônica/Vivo, em um artigo para a HSM. Se você ainda não conseguiu entender qual a palavra misteriosa, nós lhe damos uma força: trata-se do “porquê”.

Para exemplificar a teoria, Batistella apresentou o caso de sua filha de três anos. Segundo ele, a menina é capaz de questionar e confrontar ideias, o que aumenta grandemente seu conhecido, e ele diz aprender muito com a criança. “As crianças começam a realizar questionamentos a partir dos 2 anos de idade como uma forma de ampliar seu conhecimento sobre o mundo novo em que vivem”, escreveu. “Para a mente de uma criança tudo é aceitável, mas de uma coisa ela não abre mão: entender a razão das coisas”.

Segundo ele, essa é a forma pela qual elas entendem como as coisas funcionam e se aplicam ao mundo em que vivem, uma vez que estão se preparando para a vida adulta. “Alguns pais sentem-se extremamente pressionados nesta fase, em particular para explicar temas mais polêmicos ou comportamentos não convencionais”, explicou.

Embora explicar a condição do que é certo ou errado não seja o objetivo do autor, ele enfatiza que os adultos deveriam por vezes fazer uma das coisas a qual as crianças estão familiarizadas: questionar. Diferente delas, numa fase avançada da vida, passamos a encarar os fatos como simples verdades, deixando de questioná-los. A ideia apontada por ele sugere que questionemos as coisas como uma forma de encontrar uma rota de inovação.

 

“Uma das formas de questionamento mais produtiva que já experimentei é a de buscar entender o ‘porquê’ das coisas, tal como minha filha de 3 anos sabe fazer melhor do que eu”, escreveu. “Equipes que questionam e procuram entender a razão por trás de suas atividades produzem resultados superiores”.

Ele defende que as pessoas busquem sempre entender o que motiva a realização de uma determinada atividade. Ao fazermos isso, melhoramos nosso próprio trabalho e vamos além das expectativas. Basicamente, a falta de “porquês” nos mantém numa área livre de novidades, porque só conseguimos perceber nossa realidade através de uma única perspectiva: a do conhecimento que nos foi fornecido.

A mensagem de seu artigo é fazer como as crianças e nunca parar de questionar o porquê das coisas. “A inovação não surge normalmente de grandes ideias que as pessoas têm de repente, ela surge de pessoas que questionam, entendem e não se conformam em fazer algo de um jeito sendo que há outra forma melhor de fazê-lo”, finalizou.

[ HSM ] [ Fotos: Reprodução / HSM ]