Dispositivo amplifica o som do estalo do joelho, e o barulho é assustador

de Merelyn Cerqueira 0

Já estralou o joelho? Se não, já ouviu alguém fazer e teve a impressão de se trata de uma sensação gostosa?

Pensando nisso, assista ao vídeo abaixo e tente responder novamente essa segunda pergunta. Nele, é mostrado o som amplificado de um joelho sendo estralado.

As imagens foram feitas para uma pesquisa do Instituto de Tecnologia da Georgia, nos Estados Unidos, que pretendia identificar joelhos que se estalavam mais facilmente sem a necessidade de serem abertos ou executados raios-X.

Apesar de muitas pessoas serem capazes de fazê-lo, o estralar dos joelhos é muito mais comum em atletas, o que pode ser prejudicial para suas carreiras no esporte.

Por isso, a ideia do estudo era desenvolver um sistema que fosse capaz de identificar possíveis lesões nas articulações a partir do som emitido por elas.

A partir de microfones de alta tecnologia – feitosde filme piezoelétrico, que é projetado para medir as mudanças na pressão, aceleração, temperatura, tensão e força, convertendo-os em uma carga elétrica – e sensores de vibração embutidos, os pesquisadores foram capazes de detectar e medir os sons mais profundos realizados dentro de uma articulação. 

Uma vez que um paciente é amarrado, os microfones e sensores começam a trabalhar e produzir gráficos de áudio que mostram as consistências das flexões e os rangidos – conhecidos como crepitação.

Contudo, segundo os pesquisadores, quanto maior a consistência dessa crepitação, mais saudável é o joelho.

“Eu acredito que possa haver alguma informação importante nos ruídos, que possa ser explorada futuramente para ajudar pessoas em reabilitação”, explicou o chefe da pesquisa OmerInan.

“Conseguimos ouvir os ossos se esfregando e até mesmo as cartilagens rangendo, e isso amplificado cria um som bem assustador”.

O estudo foi descrito em sua totalidade na revista IEEE Transactionson Biomedical Engineering, e a equipe agora trabalha para conseguir deixar o dispositivo pronto para uso público.

Fonte: Science Alert Fotos: Reprodução / Science Alert

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