Demência atingirá mais de um milhão de pessoas nos próximos 25 anos

de Julia Moretto 0

Os casos de demência devem subir quase dois terços nos próximos 25 anos, de acordo com um novo e estudo. A escala do problema demanda maior preocupação com a capacidade do NHS e do sistema de assistência social de lidar.

Na última pesquisa, equipes do University College de Londres e da Universidade de Liverpool calcularam que, se a expectativa de vida da Grã-Bretanha e o tamanho da população se mantiverem estáveis, o número de casos de demência realmente cairá 2,7% ao ano.

Os autores, que escreveram no British Medical Journal, disseram que estamos vivendo vidas mais saudáveis, o número de pessoas recém-diagnosticadas com demência está caindo. 

No entanto, devido às pessoas viverem mais tempo, o número total de pessoas com a condição continuará a aumentar.

“O risco de desenvolver demência em qualquer idade está diminuindo ao longo do tempo, mudando a demência para os últimos anos da vida”, disse a líder do estudo, Dr.ª Sara Ahmadi-Abhari, do University College de Londres.

Esse declínio é devido a melhorias nos cuidados de saúde e à adoção de estilos de vida mais saudáveis. 

“Se os esforços de saúde pública falharem, e o risco de desenvolver demência não diminuir, o crescimento do número de pessoas que vivem com demência será muito maior, atingindo 1,9 milhão até 2040.”

A equipe usou dados de 18 mil homens e mulheres, rastreando a saúde dos que tinham idade igual ou superior a 50 anos.

De 2002 a 2013, as pessoas foram selecionadas aleatoriamente e testadas quanto à memória, fluência verbal, função de numeração e capacidade de cuidar de si mesmos.

A demência foi identificada por essas avaliações, juntamente com entrevistas com cuidadores, ou através do diagnóstico oficial do NHS. Nossos resultados têm implicações políticas significativas em termos de necessidades de cuidados e gastos públicos. Eles atuam como referência para medir o impacto de possíveis iniciativas de prevenção de demência”, disse o professor Eric Brunner da UCL, investigador do projeto.

“Com o envelhecimento da população e sem maneiras de curar, prevenir ou diminuir a condição, a demência deve ser a maior assassina do século XXI”, explicou Dr. James Pickett, chefe de pesquisa da Alzheimer’s Society.

“Os pesquisadores devem se unir para alcançar avanços em prevenção, tratamento e cuidados, antes que a demência se torne uma crise ainda maior de saúde e assistência social”, concluiu.

Fonte: Daily Mail / Live24News Foto: Reprodução / Jornal Ciência

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