Uma empresa norte-americana de biotecnologia agrícola, a Monsanto, patenteou um produto que promete impedir as flores de murcharem através da alteração de DNA.

 

De acordo com a marca, por meio da engenharia genética reversa, que impede a destruição natural das células, foi possível estender a vida das plantas. A patente fala especificamente de rosas, petúnias e cravos, o que impulsionaria o mercado de floristas, reduzindo drasticamente o desperdício. A notícia também é boa para os amantes de flores, que verão elas durarem por muito mais tempo nos vasos.

 

Flores de diferentes espécies produzem etileno em resposta à polinização, este etileno, então, serve como um sinal para induzir a senescência e/ou abscisão (o murchar) das pétalas”, disse a Monsanto. O produto usa um processo de RNA, descoberto há duas décadas, mas que somente agora está transformando a forma como as plantas são cultivadas.

 

A interferência de RNA é um processo natural onde as células suprimem a atividade de genes específicos. Hoje, a pesquisa para o uso de RNAi na agricultura abrange uma variedade de áreas, inclusive as tradicionais de proteção de plantas, insetos ou para aumentar os rendimentos agrícolas.

 

Primeiro, os pesquisadores da Monsanto tentaram produzir um pigmento que intensificasse a cor púrpura de uma petúnia, através de uma forma de modificação genética. No entanto, as alterações feitas ao DNA da planta são temporárias, o que evita críticas dirigidas a potenciais problemas inesperados no futuro.

 

O trabalho da empresa tem sido considerado controverso. Milhares de pessoas já saíram as ruas na Suíça até no Brasil para protestar contra a engenharia genética e o uso de pesticidas. Contudo, a Monsanto ressaltou a importância das pesquisas sobre a aplicação de RNAi e os benefícios que tem para a cultura de flores de corte e agricultura.

[ Daily Mail ] [ Fotos: Reprodução / Pixabay ]

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