Para as gigantes baratas-de-Madagascar (Gromphadorhina portentosa), proteger um companheiro significa se especializar em uma de duas estratégias essenciais: se tornar uma perita amante ou lutadora.
E não importa qual a opção escolhida, o tamanho realmente importa. Pesquisadores descobriram que a espécie enfrenta mutações quando se trata de táticas de acasalamento ou batalhas. Elas podem desenvolver antenas mais longas para combater outros machos ou testículos maiores para melhorar as probabilidades de fertilização, de acordo com informações do jornal Daily Mail.
Em um estudo publicado recentemente pela Scientific Reports, pesquisadores da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, usaram tomografias computadorizadas de alta resolução para capturar medidas 3D mais precisas de duas espécies de baratas: a Gromphadorhina oblongonota e Aeluropoda insignis. Isso permitiu que eles checassem o comportamento corporal e volume das antenas nos escudos de suas cabeças. A equipe então comparou os dados com os níveis de agressividade das baratas e tamanho dos testículos.
Com antenas mais curtas e baixa agressividade, os pesquisadores descobriram que a A. insignis, tinha “testículos significativamente maiores”. O que significa que elas investem mais recursos na procriação do que na luta. Por outro lado, as mais agressivas, G. oblongonota, tinham testículos menores, mas “armas absolutamente maiores”. Estas exibiam ataques físicos mais brutos e com maior frequência.
“Essas baratas estão agindo como veados vermelhos selvagens, competindo por fêmeas pelo combate, mas se não têm o tamanho e a força para vencer as lutas abertamente, podem tentar surrupiar companheiras”, disse a autora principal do estudo, Kate Durrant, da University’s School of Life Sciences. “Um macho parece poder se adaptar para ser tornar um ótimo amante ou um lutador, e o que é interessante é que fazem isso antes de se tornarem totalmente adultos”.
Também foram observadas diferenças entre as duas espécies em relação aos padrões sonoros. Acredita-se que um sibilar utilizado por elas sirva para transmitir informações sobre o tamanho do corpo para os adversários. As menos agressivas, por exemplo, sibilam com mais frequência durante encontro com machos. De acordo com os pesquisadores, a tática pode ajudar as menores a evitar violência física
[ Daily Mail ] [ Foto: Reprodução / Wikipédia ]