Terror: Mulheres têm medo de ter dedos arrancados pelo Talibã por usarem esmaltes

Relatos também mostram que homens jovens estão sendo chicoteados e espancados por usarem jeans

de Redação Jornal Ciência 0

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O Talibã foi flagrado chicoteando um grupo de rapazes afegãos que estavam usando jeans, em uma onda de barbárie e repressão no Afeganistão. Histórias brutais chegam a todo momento do comportamento autoritário e sádico do grupo extremista.

Relatos citam inclusive que mulheres podem ter seus dedos amputados por usarem esmalte — algo que ocorria antes da chegada dos EUA ao país.

Um adolescente relatou que estava caminhando com amigos em Cabul, quando dezenas de jihadistas apareceram e acusaram todos de desrespeitar o Islã.

A afirmação foi feita em uma postagem compartilhada milhares de vezes no Facebook, mostrando que dois jovens conseguiram escapar, mas os outros foram cercados e espancados brutalmente, além de chicotadas no pescoço e ameaçados de morte, de acordo com o jornal The Telegraph.

As afirmações foram confirmadas pelo jornal afegão Etilaatroz, que disse que um de seus jornalistas foi espancado no último final de semana “por não usar roupas afegãs”.

O grupo Talibã informou à imprensa que ainda está em análise sobre qual será o código de vestimenta obrigatório para os homens — mas está claro o tipo de argumento violento que irão usar para impor as antigas regras.

Os relatos contínuos de agressões de extrema crueldade mostram que o Talibã mentiu ao mundo sobre as declarações que fez de pacificação e respeito aos direitos humanos. Sua ideologia permanece a mesma desde os anos 90 — onde espancavam e matavam quem não cumprisse as regras impostas, especialmente mulheres.

Mulheres

No pronunciamento feito ao mundo, o Talibã afirmou que estava “comprometido com os direitos das mulheres”, mas deixou claro que isso estaria submetido ao sistema da Sharia.

A Sharia é simplesmente um código de leis derivadas do Islã, mas ocorre que o Talibã faz uma interpretação própria das escrituras, levando isso ao extremo.

Antes da tomada do país pelos Estados Unidos, mulheres que desobedeciam às suas regras, mesmo que sem intenção, eram açoitadas ou mortas publicamente. Elas também eram proibidas de sair de casa, usar burca a partir dos 8 anos de idade e avisadas que teriam os dedos amputados em caso de uso de esmalte.

Também era terminantemente proibido usar sapatos de salto alto com a justificativa de que “nenhum estranho pode ouvir os passos de uma mulher”.

De acordo com o jornal britânico The Sun, uma mulher foi morta em Taloqan, capital do estado de Takhar, por não estar usando burca.

Uma gravação divulgada pelo canal Fox News mostra um comboio de combatentes do Talibã por uma rua de Cabul abrindo fogo para todos os lados enquanto caçavam ativistas e funcionários do antigo governo.

Mulheres e crianças foram espancadas com pedaços de madeira no aeroporto de Cabul antes do Talibã resolver disparar suas armas como forma de intimidação. Na confusão, pelo menos 4 mulheres que tentavam fugir do regime extremista foram esmagadas até a morte.

Outro relato chocante diz que o Talibã incendiou uma mulher por ter “cozinhado mal”, após perseguir agricultores e obrigar com que preparem comida para o grupo.

Na semana passada, um vídeo circulou nas redes sociais onde o grupo retirou uma garota de 12 anos dos braços de sua mãe para ser transformada em “escrava sexual”, de acordo com afirmação do canal Bloomberg.

Carta redigida pelo Talibã procurando mulheres para casamento forçado.

Integrantes do Talibã estão sequestrando e se casando à força depois de redigir uma carta e enviaram para os moradores de pequenas cidades para entregar mulheres solteiras ou viúvas, entre 12 e 45 anos. Desde então, relatos mostram que eles estão indo de casa em casa procurado as selecionadas.  

Fonte(s): The Sun Imagens: Reprodução / Shutterstock

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