Romanos usavam nanotecnologia há 1600 anos, segundo especialistas

de Julia Moretto 0

Atualmente podemos nos maravilhar com os objetos artesanais criados há séculos. Centros de cultura como a Roma Antiga são cativantes não só pela sua beleza, mas pela estrutura que mantém até hoje.

Entre as muitas peças artesanais desta época, a que desperta mais interesse é o vidro bicolor de Licurgo, cuja capacidade de mudar de cor tem sido um enigma para os especialistas.

Agora estudiosos dizem que ele pode conter um tipo primitivo de nanotecnologia. A peça de vidro apresenta uma cor diferente dependendo da iluminação. Ela é vista vermelha quando iluminada por trás e verde quando iluminada pela frente. 

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Especialistas têm descrito a peça como “o vidro conhecido mais espetacular da época, adequadamente decorado”. Além disso, os especialistas afirmam que o vidro foi cuidadosamente cortado, deixando apenas uma “capa decorativa” no nível da superfície original. 

Especialistas do Museu Britânico, onde a peça está guardada, realizaram vários estudos e descobriram que em alguns dos fragmentos das partículas de vidro havia um pouco de ouro e prata de 50 nanômetros.

Por esta razão, os cientistas afirmaram que os romanos foram os pioneiros da nanotecnologia. Graças a essas nanopartículas, o vidro adquire a sua capacidade de mudar de cor. Descobriram também que não só a forma como é iluminada muda a aparência do copo, mas pode variar de acordo com a cor do líquido colocado. 

A descoberta despertou espanto e dúvida na comunidade científica, porque é difícil imaginar como os romanos poderiam alcançar a criação de uma peça com tal tecnologia avançada há mais de 1600 anos.

Fonte: Super Curioso Fotos: Reprodução / Super Curioso

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