Provas da existência de Jesus? TOP 7 evidências discutidas

de Merelyn Cerqueira 0

Jesus Cristo é considerado o homem mais famoso que já viveu na Terra, mas como sabemos, exatamente, que ele existiu?

A maioria dos historiadores, teólogos, cristãos e até não cristãos, acreditam que Jesus realmente andou sobre a Terra. Suas conclusões, basicamente, são baseadas em evidências textuais, como a Bíblia, e isso sem considerar uma variedade de relíquias físicas, possivelmente atribuídas a ele, que hoje são exibidas em igrejas de toda Europa. Em uma lista publicada originalmente pela Live Science, foram listadas sete delas, que você confere logo abaixo.

1 – Sudário de Turim

Talvez a relíquia religiosa mais famosa do mundo, o Sudário de Turim, foi, de acordo com muitos, o pano de enterro usado em Jesus. Feito de linho, o cobertor de 4 metros por 1 metro, traz uma marca fantasmagórica do corpo de um homem. Localizado em uma catedral em Turim, na Itália, o sudário já foi adorado por milhões de peregrinos, embora, cientificamente falando, seja falso.

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Isso porque, por meio de um processo de datação por radiocarbono, pesquisadores descobriram que a data não coincide com o período de Cristo, mas remonta ao século 14. Coincidentemente ou não, essa foi a época em que ela apareceu pela primeira vez nos registros históricos. Em um documento escrito em 1390 pelo bispo Pierre d’Arcis, da França, afirmou-se que a imagem de Jesus sobre a mortalha foi “astuciosamente pintada”, um fato “atestado pelo artista que a teria pintado”. Atualmente, a Igreja Católica não endossa oficialmente o Sudário como autêntico, embora muitos fiéis, incluindo o Papa Bento XVI tenham indicado acreditar em sua santidade.

2 – Lascas de madeira da cruz

De acordo com uma famosa observação apontada pelo teólogo João Calvino, a “cruz verdadeira”, isto é, a utilizada para a crucificação de Cristo, foi quebrada e enviada em pedaços dentro de um navio para a Europa. Logo, ele sugeriu que as lascas foram espalhadas em abadias, mas em alguns lugares ainda havia fragmentos maiores, como a Capela Sagrada, de Paris, e em Roma, onde acredita-se que um crucifixo tenha sido produzido a partir da madeira.

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Em suma, se todas as peças pudessem ser encontradas e reunidas, seria possível recriar um grande pedaço da pesada cruz. No entanto, ele lembrou que o Evangelho testifica que apenas um único homem foi capaz de carregá-la.

3 – Pregos sagrados

Em um documentário chamado “The Nails of the Cross” (“Os pregos da cruz”, em tradução livre), que foi ao ar em 2011 no History Channel, o cineasta Simcha Jacobovici contou a história de dois pregos supostamente encontrados em um túmulo com mais de 2.000 anos de idade, em Jerusalém. No filme, também são apresentas evidências circunstanciais que parecem sugerir que os objetos foram utilizados para pregar Jesus na cruz.

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No entanto, o túmulo em questão é acreditado ser o local de descanso do sumo sacerdote judeu, Caifás, que presidiu o julgamento de Jesus. Em uma reportagem sobre o documentário, a agência de notícias Reuters, após contatar especialistas e estudiosos, refutou o conteúdo proposto por Jacobovici, classificando-o como uma manobra publicitária.

4 – Os livros de metal encontrados na Jordânia

Há pouco tempo, foi anunciado que 70 livros feitos em metal, supostamente associados aos primeiros cristãos, foram encontrados em uma caverna na Jordânia. Os achados foram colocados meros decênios após a morte de Jesus e eruditos classificaram tais “códices principais”, como a descoberta mais importante da arqueologia.

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Os cristãos, por outro lado, tomaram a descoberta como uma prova da existência real de Cristo, uma vez que uma das páginas claramente mostravam uma imagem dele. Ainda, um fragmento de texto próximo a ela dizia: “eu ando na retidão”, o que parecia ser uma referência clara à ressureição. Contudo, os códices foram desmascarados. Especialistas descobriram que eles, na verdade, se tratavam de uma confusão de dialetos anacrônicos e imagens provavelmente forjadas nos últimos 50 anos.

A imagem que eles estão dizendo é Cristo é na verdade Helios, o Deus do Sol, feito a partir de uma moeda que veio da ilha de Rodes”, disse o arqueólogo Peter Thonemann, de Oxford, à imprensa. “Há também algumas inscrições sem sentido em hebraico e grego”. Ainda, o estudioso que havia apoiado a autenticidade do achado, mais tarde foi desmascarado como um mero amador sem credenciais verdadeiras.

5 – Pergaminhos do Mar Morto

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Considerado alguns dos achados arqueológicos mais importantes, e que realmente datam do tempo de Jesus, embora não forneçam evidências diretas de sua existência, os Pergaminhos do Mar Morto são um conjunto de documentos (pergaminhos e papiros) que foram encontrados em uma caverna em Israel, na década de 1940. Escritos em algum momento entre 150 a.C. e 70 d.C., eles se referem a um “professor de justiça”. Algumas pessoas acreditam que essa definição certamente se aplica a Jesus, enquanto outras argumentam que poderia ser qualquer outro homem.

6 – Coroa de Cristo

Segundo conta a Bíblia, antes da crucificação, os soldados romanos colocaram uma coroa de espinhos sobre a cabeça de Jesus, como uma forma de zombaria à sua soberania. O fato é que, muitos cristãos acreditam que esse doloroso instrumento de tortura ainda existe, mas espalhado em pedaços pela Europa.

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Uma coroa quase completa está alojada na Catedral de Notre Dame, em Paris, mas a história por trás dela remonte pelo menos 16 séculos, e não 30 a.C. Ainda, o modelo é completamente desprovido de espinhos.

7 – A Bíblia Sagrada

Este último argumento é o maior e melhor a favor da existência de Jesus. Nos evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, que estudiosos apontam terem sidos escritos pelos próprios, décadas após a crucificação, os quatro discípulos relatam os feitos de Jesus na Terra. Ainda, há uma série de outros evangelhos, nunca canonizados, mas que também falam sobre ele. O fato é que entre estes muitos detalhes diferem sobre a vida e morte de Cristo, embora estudiosos tenham conseguido por sobreposição construir um perfil geral de Jesus como homem.

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Nós sabemos algumas coisas sobre o Jesus histórico – menos do que alguns cristãos pensam, mas mais do que alguns céticos pensam“, disse Marcus Borg, um estudioso bíblico proeminente, autor e professor aposentado de religião e cultura na Oregon State University. “Embora alguns livros tenham argumentado recentemente que Jesus nunca existiu, a evidência que ele fez foi persuasiva para a grande maioria dos estudiosos, cristãos ou não cristãos“.

Nós sabemos algumas coisas sobre o histórico de Jesus – mas muito menos do que alguns cristãos pensam e pouco mais do que alguns céticos acreditam”, explicou Marcus Borg, um estudioso bíblico, autor e professor aposentado de religião e cultura na Universidade de Oregon State, nos EUA. “Embora alguns livros tenham argumentado recentemente que Jesus nunca existiu, a evidência de que ele o fez é considerada persuasiva para a grande maioria dos estudiosos, cristãos ou não cristãos”.

[ Live Science ] [ Fotos: Reprodução / Live Science ]

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