Não é comum a natureza mostrar padrões com linhas retas. Até existem alguns padrões como listras, espirais e manchas, mas linhas retas perfeitas e em zigue-zague são extremamente raras.
Por isso, que quando os cientistas e especialistas se depararam com linhas em zigue-zague no lago Thingvallavatn, no Parque Nacional Thingvellir, na Islândia, eles ficaram intrigados.
Com 2 quilômetros de linha em zigue-zague, os cientistas que estudam formações no gelo ao redor do mundo ficaram perplexos com tal fenômeno.
“Hoje, alguém notou um estranho padrão no gelo, que ainda não foi explicado e os habitantes da região nunca tinham visto antes. Durante os últimos 15 anos, o gelo formado sobre o lago não está tão sólido e firme, devido ao aumento das temperaturas. O lago está apenas parcialmente coberto com gelo, por períodos menos curtos e de forma mais instável”, disseram os cientistas no Facebook.
Existem algumas perguntas a serem respondidas sobre esse misterioso caso: Por que esse rompimento parece tão organizado? Será que ele foi feito por humanos?
Na realidade, esse fenômeno é conhecido como “finger rafting”, e ele já foi documentado algumas vezes no mar congelado do Ártico. Esse fenômeno ocorre quando dois fragmentos finos de gelo se encontram. Um tende a ficar para cima e o outro, para baixo, mas isso nem sempre acontece de forma suave.
Na verdade, trata-se de um choque, e as marcas desse choque ficam registradas em zigue-zague.
O “finger rafting” é conhecido por ser um processo que forma padrões simétricos e repetitivos no gelo. Ele recebeu esse nome, que em português significa “entrelaçar os dedos”, pois o encaixe do gelo é parecido com a maneira que os dedos ficam quando cruzamos as mãos e entrelaçamos os dedos.
Nesse caso, o gelo estava extremamente fino, e isso significa que as camadas de gelo puderam se encaixar livremente. Mesmo assim, os cientistas continuam intrigados, pois não é comum esse fenômeno formar padrões tão perfeitos.
Fonte: IFL Science Fotos: Reprodução / IFL Science