Tracey Bortoft, 39 anos, da Inglaterra, percebeu duas pequenas feridas em sua panturrilha há quase dois anos.
Pouco tempo depois, notou que sua saúde havia se deteriorado, precisando ser hospitalizada às pressas. Incapazes de identificar qual o inseto responsável, os médicos a deixaram internada por 11 dias, quando começou a desenvolver enormes feridas e queimaduras na pele atingida.
De acordo com informações do jornal Daily Mail, desde então, Bortoft, que é mãe de quatro filhos, se tornou incapaz de sair de casa e andar, sofrendo ainda com dores agonizantes. “Eu costumava ser muito sociável, agora não posso mais sair”, disse ela. “[A picada] teve um impacto devastador sobre minha vida. Mal posso andar, e se coloco o pé no chão sofro com dores o dia todo”.
A britânica estava na cidade de Liverpool para o aniversário de um sobrinho quando sentiu uma alfinetada na panturrilha direita. Mais tarde, quando voltou para casa com o marido Brett, de 34 anos, começou a se sentir mal, de modo que não conseguia mais colocar o pé no chão. Ela afirmou que a mordida não doeu imediatamente, mas que depois, parecia duas perfurações, “quase como uma picada de cobra”.
No mesmo dia, por causa da dor insuportável, foi levada para a emergência. Hospitalizada por 11 dias, ela desenvolveu feridas na pele, que só começaram a diminuir cerca de cinco semanas depois. Bortoft também foi diagnosticada com Fibromialgia, Linfedema e perda de memória de curto prazo. Agora, ela precisa visitar regularmente um dermatologista, fisioterapeuta e psicólogo para dar continuidade ao tratamento.
Ela admitiu ter procurado ajuda na School of Tropical Medicine, em Liverpool, mas alegou ter sido informada de que os especialistas dali só atendiam casos de pacientes picados por insetos no exterior. No entanto, a rede NHS Trust, que cuida da instituição em questão, negou que tivesse recusado tratamento por estes motivos.
Bortoft, por outro lado, está convencida de que seu sofrimento foi causado por um espécime atípico. “Nós só queremos outra opinião, de um especialista, que analise mesmo que por apenas cinco minutos para nos deixar tranquilos”, disse. “Acho que definitivamente foi algo do exterior e estamos esperando que alguém de fora veja as fotos e confirme. Precisamos de respostas”.
Um porta-voz da NHS Trust, disse que ela teria sido encaminhada para uma clínica da School of Tropical Medicine, onde seu caso foi revisado por um dos consultores. “Ela já estava sob os cuidados de outro consultor e como sua condição não estava relacionada a uma doença tropical, não podia ser beneficiada por nosso aconselhamento especializado”, disse acrescentando que a informação foi transmitida para o médico particular da paciente.
“Nós não nos recusamos a ver qualquer pessoa simplesmente porque ela não foi picada no exterior se sentirmos que nossa experiência com casos tropicais possa ser benéfica”, disse. “Compreendemos a angústia da Sr.ª Bortoft e desejamos-lhe uma rápida recuperação”.
[ Daily Mail ] [ Fotos: Reprodução / Daily Mail ]