Índia registra 4.200 mortes e 46.000 casos por “fungo negro” em curados da Covid-19

O ministro da saúde do país, Mansukh Mandaviya, informou que 84,4% dos casos ocorreram em pacientes curados da Covid-19

de Redação Jornal Ciência 0

O ministro da saúde indiano, Mansukh Mandaviya, relatou 45.432 casos de “fungo negro”, clinicamente chamado de mucormicose, uma infecção rara e perigosa que se espalha entre os sobreviventes da Covid-19 no país, afirma o jornal Hindustan Times.

Quase metade dos infectados continua a receber tratamento e um total de 4.252 morreram pela infecção do fungo, segundo dados do ministro.

Os sintomas da doença incluem febre, dor ou vermelhidão ao redor do nariz ou dos olhos, tosse, dor de cabeça e estado mental alterado, entre outros.

O ministro afirmou ainda que 84,4% dos pacientes infectados com “fungo negro” tiveram anteriormente Covid-19 e foram curados.

A mucormicose costuma atingir pacientes que foram curados da Covid-19 devido ao alto consumo de anti-inflamatórios do tipo “corticoides”, durante a internação, que diminuem o sistema imunológico, facilitando a infecção pelo fungo.

Mas, independentemente de ter tido Covid-19, a mucormicose, bem como outras infestações fúngicas, geralmente surgem como uma infecção oportunista, ou seja, são mais graves e frequentes em pessoas com sistema imunológico fraco.

Isso inclui pacientes que tomam medicamentos como corticoides por tempo prolongado e em altas doses, diabéticos, pessoas com câncer, AIDS, e outros grupos.

O ministro ainda ressaltou que a Índia possui abastecimento de Anfotericina B — medicamento usado contra o fungo — estando disponível nos hospitais gratuitamente.

A mucormicose pode levar a amputação do olho para evitar que o fungo consiga alcançar o cérebro, o que geralmente é fatal.

Cirurgias agressivas, como a retirada de partes da mandíbula e de outras regiões do rosto podem ser necessárias para evitar que a infecção se alastre rapidamente.

Fonte(s): Hindustan Times / RT Imagens: Reprodução / Shutterstock

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