Os mirtilos, também conhecidos como blueberries, já são considerados superalimentos, uma vez que proporcionam uma série de benefícios à saúde devido aos seus aminoácidos.
Mas agora, ao que parece, a pequena fruta também pode ajudar a combater um fenômeno chamado “baby blues”, uma forma menos grave de depressão pós-parto. Um estudo feito por cientistas do Centro de Toxicodependência e Saúde Mental (CAMH) de Toronto, no Canadá, descobriu que os aminoácidos do fruto, triptofano e tirosina, podem compensar o surgimento de uma proteína do pós-parto que reduz o nível de hormônios no cérebro, protegendo as mulheres de episódios depressivos causados por esse desequilíbrio hormonal.
Para o estudo, publicado na revista Proceedings da National Academy of Sciences, os cientistas analisaram 41 mulheres e descobriram que, no quinto dia após o parto, as que tomaram suplementos à base de blueberries não apresentaram quedas de humor. Por outro lado, as que não o tomaram tiverem um aumento significativo em testes de contagem para a depressão. “Acreditamos que este é o primeiro estudo a mostrar um efeito tão forte e benéfico de uma intervenção na redução do baby blues enquanto em seu pico”, disse o principal autor, Dr. Jeffrey Meyer.
Mais comum do que a depressão pós-parto em si, o baby blues pode ser resolvido naturalmente em 10 dias após o parto. No entanto, quando de ocorrência mais intensa, aumenta em quatro vezes o risco de depressão, que afeta uma em cada cinco mães e geralmente ocorre um mês após o nascimento.
Em outro estudo, pesquisadores da Universidade de Exeter, no Reino Unido, demonstraram que os mirtilos ajudaram a melhorar o poder cerebral de pessoas mais velhas. Eles observaram que os compostos da fruta aumentaram o fluxo sanguíneo do cérebro, permitindo que ele obtivesse maiores níveis de oxigênio e, portanto, funcionasse melhor. Como resultado, argumentaram que apenas uma dose diária de 30 ml era suficiente para os benefícios.
Ainda, durante uma importante conferência médica realizada nos EUA, cientistas afirmaram que a fruta poderia ajudar as defesas do cérebro contra a doença de Alzheimer. Segundo eles, considerando a ausência de medicamentos eficazes, uma opção nutricional que contenha mirtilos “representa uma abordagem potencialmente potente para combater os riscos de demência tardia”.
[ Daily Mail ] [ Fotos: Reprodução / Flickr ]
