Conheça as experiências gastronômicas mais cruéis e bizarras do mundo

de Merelyn Cerqueira 0

Recentemente, alguns restaurantes na Califórnia e Nova York ficaram sob os holofotes de ativistas dos direitos animais após ser divulgado que estariam servindo polvos e peixes vivos.

A prática, originária de países orientais, tem se espalhado pelo mundo, e grupos como o PETA, dizem que os animais podem sofrer tanto quanto os mamíferos que normalmente são considerados para as refeições. Em meio a essa discussão, uma lista foi publicada recentemente pelo jornal Daily Mail para reportar algumas das experiências gastronômicas mais cruéis do mundo.

Polvo vivo

Em muitos os casos, o polvo tem algumas das pernas cortadas e é deixado se contorcendo de dor até que outra pessoa selecione mais um membro para ser consumido. O prato é servido em cerca de uma dúzia de restaurantes na Califórnia e Nova York, de acordo com informações do PETA. A carne do polvo também é consumida em um prato chamado sannakji, em que são dispostos os tentáculos ainda em movimento.

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De acordo com a organização, os polvos são considerados os invertebrados mais inteligentes, podendo sentir dores como mamíferos, uma vez que possuem um sofisticado sistema nervoso rico em receptores de dor.

No início do mês, os ativistas lançaram uma petição exigindo uma proibição aos restaurantes de servirem animais marinhos vivos, juntamente com o vídeo de um polvo se contorcendo, enquanto um chef de um restaurante chamado T Equals Fish, em Koreatown, Los Angeles, cortava os seus tentáculos.

Sapos vivos

Peixes e frutos do mar não são os únicos a serem utilizados na composição de um sushi no Japão. Lá, é comum que sapos também sejam colocados nos sashimis. Eles são criados em cativeiro e enviados para restaurantes, onde são mantidos vivos até que um cliente peça o prato.

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O chef então corta a cabeça e a pele do anfíbio para imediatamente servi-lo no gelo, acompanhado de molho de soja e uma fatia de limão. Embora o animal morra no momento em que é cortado pelo cozinheiro, ele ainda pode se movimentar postumamente.

Um restaurante em Tóquio, chamado “Memory Lane”, é conhecido por servir pratos incomuns, incluindo iguarias como cascos de tartarugas, testículos de porco, licor de cobra, salamandra grelhada, coração de sapo (ainda batendo) e os característicos sashimis de sapo mencionados.

Camarões vivos

Considerado um prato muito popular em países asiáticos, como Japão e Vietnã, os camarões vivos também são servidos em países ocidentais como Dinamarca e Inglaterra – ainda que de forma mais controversa.

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O crustáceo é mergulhado em manteiga antes de ser assado sobre o fogo, conforme se contorcem enquanto queimam no espeto. Em um restaurante no Vietnã, chamado Quan Nuong, recentemente foi gravada a crueldade feita com o espécime marinho.

Peixes vivos

Comer peixe vivo é uma prática considerada relativamente comum em países da Ásia Oriental. No entanto, as pessoas são aconselhas a mergulhar o animal em uma pequena dose de vinagre antes do consumo.

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Em outros casos, eles apenas são selecionados e capturados à mão, antes de serem atirados em uma tigela de molho. Depois de devidamente temperados, são retirados e imediatamente comidos – ainda vivos.

O prato teve origem na cozinha taiwanesa, e basicamente consiste em servir um peixe inteiro envolto em um pano molhado, para que ele continue respirando. Então, ele é coberto com molho e servido vivo.A prática continua muito popular na China, embora tenha sido condenada por diversos grupos de direitos dos animais, que afirmam que o método causa um sofrimento desnecessário.

Cérebro de macaco

Os macacos são considerados uma das espécies mais próximas dos seres humanos, razão pela qual muita gente pode considerar indigesta a prática de comê-los.

No entanto, em algumas regiões da Ásia, eles são utilizados num prato muito infame que envolve o preparo e consumo de seus cérebros. A refeição começa com o animal sendo trazido ainda vivo para a mesa do cliente. Depois, a cabeça dele é cortada para que o cérebro seja consumido.

Além de haver apenas relatos de testemunhas oculares – ou até mesmo lendas – não há imagens disso ocorrendo, a não ser por uma foto registrada por um jornal de Hong Kong, em 1998.

Pássaros afogados em vinho

Uma espécie conhecida como sombria – ortolan em francês -, nativa da Europa, é considerada um dos mais charmosos pássaros da França, mas também é um ingrediente utilizado em um dos pratos mais cruéis do mundo.

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A caça ao pássaro – cujo nome científico é Emberiza hortulana – foi proibida no país em 1999, mas ainda ocorre de forma ilegal. Ele é preso por armadilhas enquanto é atraído pelo som de uma fêmea presa. Então, os animais são mantidos em gaiolas minúsculas e escuras por um mês, enquanto comem painço, uvas e figos, até que estejam gordos e incapazes de se mover.

O pássaro é, então, afogado em uma espécie de aguardente vínico chamado Armagnac, antes de ser frito em sua própria gordura corporal. O corpo do pássaro é consumido em sua totalidade, a começar pela cabeça.

Tradicionalmente, o prato precisa ser consumido enquanto a cabeça do cliente está debaixo de um guardanapo, de modo que o vapor oriundo do Armagnac não seja desperdiçado. Ainda, uma lenda conta que comê-lo assim serve para esconder sua ganância de Deus – que certamente não aprovaria tal costume.

[ Daily Mail ] [ Fotos: Reprodução / Daily Mail ] 

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