Cientistas descobrem como funciona a presa do narval

de Julia Moretto 0

Conhecidos como os unicórnios do mar, os narvais possuem chifres que se parecem dentes caninos que podem chegar até 9 pés (carca de 2,7 metros). Até recentemente os cientistas não tinham certeza sobre a utilidade do chifre. 

Uma pesquisa realizada em 2014 sugere que a presa é usada como um órgão sensorial, ajudando o narval a identificar mudanças em seu ambiente.

Os pesquisadores dizem que os machos das espécies podem usar os chifres para procurar comida ou encontrar companheiros. Os resultados do estudo foram publicados na revista The Anatomical Record. 

Uma equipe de pesquisadores internacionais trabalhou para entender a função da protuberância incomum do narval e descobriu que a camada externa da presa é porosa, que a camada de dentina interna tem tubos microscópicos, e a polpa no centro tem terminações nervosas que se conectam ao cérebro do animal.

A estrutura torna a presa sensível à temperatura e às diferenças químicas no ambiente. 

Narwhals-tusking

Quando a presa foi exposta a diferentes níveis de sal na água circundante, por exemplo, os pesquisadores notaram uma mudança na frequência cardíaca do narval. 

Os animais podem basicamente provar as concentrações de produtos químicos na água.

Por causa disso, os pesquisadores acreditam que os machos possam usar a presa para encontrar comida. Eles também parecem ser capazes de encontrar fêmeas prontas para acasalar. 

O autor principal do estudo, Dr. Martin Nweeia da Harvard School of Dental Medicine disse à BBC que ele está fascinado nesses animais que colocam toda a sua energia em uma única presa, em vez de ter um conjunto de dentes.  

O vídeo a seguir foi filmado com drones pelo WWF no Canadá em 2017, mostra narvais em Tremblay Sound, Nunavat, atacando um bacalhau com suas presas.

Fonte: MNN.com Fotos: Reprodução / MNN.com

Jornal Ciência