A gravidez psicológica, clinicamente chamada de pseudociese, é um transtorno que, apesar de ter origem psicológica, também causa reações fisiológicas.

Trata-se de uma situação que afeta em grande parte animais, embora, e mesmo que em baixa incidência, as mulheres também sejam vítimas.

A condição pode afetar qualquer grupo de mulheres (embora existam relatos na literatura médica de homens que também sofreram de gravidez psicológica com sintomas proeminentes), independente da etnia, nível social ou idade. Na maioria dos casos costuma durar apenas algumas semanas, podendo evoluir para meses ou anos.

Durante este período, a mulher pode apresentar sintomas semelhantes ao de uma gestante real, incluindo enjoos, ausência de menstruação, aumento do volume abdominal e lactação.

Por vezes, elas chegam a sentir os movimentos fetais e algumas até mesmo entram em trabalho de parto, sentido as dores como se realmente estivessem dando à luz.

No entanto, quando percebem que nada saiu de dentro de seus copos, costumam acreditar que sofreram um aborto. Os sintomas da pseudociese ocorrem porque o distúrbio afeta uma região do cérebro chamada hipotálamo, que é responsável pelo controle dos hormônios sexuais.

Mulheres casadas, com problemas conjugais, que passaram por relacionamentos amorosos dramáticos ou estressantes, abandono ou já passaram por um aborto, são as mais suscetíveis ao problema.

No entanto, outras causas subjacentes podem estar relacionadas, como depressão, transtorno de personalidade, infertilidade, baixa autoestima e a proximidade da menopausa aliada à vontade incontrolável de ter filhos.

Diagnóstico e tratamento

A pseudociese pode ser diagnosticada através de diversos exames simples, com um ultrassom, exame de sangue ou ginecológico.

No entanto, em alguns casos, mesmo quando os médicos estão munidos de tais informações, é difícil convencer a mulher de que ela não está grávida, já que seu corpo e mente estão lhe “provando” o contrário.

Por esse motivo, o tratamento pode levar alguns meses. Ele é feito através de medicamentos hormonais que normalizarão o ciclo menstrual e cessarão a produção de leite.

Em casos mais extremos, quando há outros distúrbios psicológicos associais, medicamentos psiquiátricos podem ser necessários.

Contudo, para todos os casos, é importante que a mulher receba o apoio da família e faça acompanhamento psicológico.

Fonte: Diário de Biologia Foto: Reprodução / Tudo Ela

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