No ano passado, pesquisadores da Universidade Leopold Franzens, na Áustria, ganharam um Prêmio Nobel com a descoberta de que bocejos não são contagiosos entre as tartarugas-de-pés-vermelhos.
Porém, o bocejo humano continua sendo um enigma. “Ver a abertura de mandíbulas de uma pessoa, seu fechar de olhos e a inalação profunda, sequestra seu corpo e o induz a replicar o comportamento observado”, escreveu o psicólogo Robert Provine, da Universidade de Maryland, nos EUA.
Análises de escaneamentos cerebrais mostram que as regiões do cérebro associadas com a teoria da mente (a capacidade de atribuir estados mentais e sentimentos para si mesmo) e a autotransformação, tornam-se ativas quando as pessoas observam outras pessoas bocejando.
Muitas pessoas autistas e esquizofrênicas não apresentam essa atividade cerebral. Esses indícios sugerem que o bocejo contagioso reflete uma capacidade de empatia e forma laços emocionais com os outros, de acordo com Provine.
Porém, o motivo pelo qual nossas conexões sociais incluem os bocejos ainda é um mistério e parece estar longe de ser solucionado.
[ Live Science ] [ Foto: Reprodução / Urban360 ]