TOP 8 fatos estranhos que aconteciam no passado quando as pessoas estavam de luto

de Merelyn Cerqueira 0

O luto é uma parte difícil da natureza humana que todos nós, em algum ponto da vida, vamos experimentar.

Diferente entre as várias culturas que já pisaram na Terra, o que todas têm em comum é o fato de ensinar a ministrar a dor da perda. Agora, você já parou para pensar em como as pessoas no passado lidavam com a morte de pessoas próximas?

Na lista abaixo você confere oito fatos estranhos sobre o luto durante a Era Vitoriana, entre os anos 1837 e 1901, quando a Inglaterra ainda era comandada pela Rainha Vitória. As informações são da List Verse.

1 – Cartões de Morte

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Durante a Era Vitoriana, se alguém recebesse por correio um envelope branco com bordas pretas, certamente já saberia que alguém havia morrido.

Tal hábito foi mencionado em obras de autores como Charlotte Bronte e Charles Dickens. A ideia era que as linhas pretas preparassem o leitor para a má notícia, dando-lhe a chance de abrir o envelope em particular.

2 – Bonecas funerárias

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Até mesmo nos dias de hoje os funerais permitem que, dependendo da situação do corpo, o morto seja velado em caixão aberto.

No entanto, no passado, durante os funerais de crianças, para evitar que os pais sofressem vendo os filhos dentro de um caixão, era comum que bonecas fossem colocadas no lugar dos corpos.

Em alguns casos, as bonecas chegavam a ser enterradas no quintal das casas, embora eventualmente fossem desenterradas por crianças curiosas que queriam saber se os brinquedos de fato iam para o céu.

3 – Efígies e máscaras mortuárias

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Quando o marido da rainha Vitória morreu, ela pediu que fosse feita uma efígie de mármore, em tamanho real, para ser colocada no Mausoléu Frogmore. Eventualmente, quando a própria rainha morreu, também ganhou sua versão.

Embora este representasse um tipo de arte muito cara e trabalhosa, famílias ricas começaram a se inspirar na ideia da rainha. Mais tarde, as pessoas começaram a produzir máscaras de morte. Para isso, um molde era retirado do rosto do morto para a criação da estrutura, que seria colocada como enfeite na tumba.

4 – Desenhos e fotografias espirituais

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Durante a era vitoriana, a fotografia era acessível apenas para pessoas da classe média. Logo, se as de classes mais baixas sentissem necessidade de relembrar o rosto de seus entes queridos antes destes serem colocados em um túmulo, contratavam artistas para desenharem seu rosto.

Para isso, o corpo era colocado em uma cadeira, enquanto o artista transcrevia para o papel expressões faciais frias e relaxadas. Já para os endinheirados, a tendência era a chamada “fotografia espiritual”, que essencialmente fazia o papel do desenho, só que melhor.

As pessoas costumavam acreditar que os fantasmas encontravam uma forma de se manifestar através destas fotos, embora a maioria das supostas aparições fossem apenas defeitos de exposição.

5 – Lingerie para luto

Durante a Era Vitoriana, os vestidos não eram apenas as peças de roupas usadas para expressar luto. As mulheres também utilizavam lingeries pretas para expressar o sentimento, embora a peça fosse considerada erótica.

Curiosamente, como o rosto pálido era a tendência da época, elas costumavam tomar arsênico e ópio para parecerem mais pálidas. Logo, para os homens interessados na fantasia, a combinação de uma pele branca com roupa íntima preta era simplesmente avassaladora – o que causou problemas à época.

6 – Joias e roupas para o luto

Como você já deve ter notado até aqui, as pessoas na Era Vitoriana viam a morte de uma forma diferente. Fato é que, quando sabiam que entes queridos iam morrem, mandavam preparar roupas e joias para ocasião.

Após a morte, todos na família eram obrigados a vestir preto durante um designado período de tempo, como uma forma de simbolizar ao mundo que ainda estavam tristes pela perda.

Estas também não deveriam se apresentar em festas ou outros compromissos sociais durante o período de luto; fazê-lo era um sinal de desrespeito ao morto.  

7 – Joias feitas de cabelos

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É sabido que a rainha Vitória guardou para sempre o cabelo de seu falecido marido, o príncipe Albert, dentro de um medalhão que usava todos os dias.

Logo, tornou-se muito comum que as pessoas mantivessem os cabelos de seus mortos, e a melhor maneira de fazê-lo, eles acreditavam, era transformando os fios em joias. Eventualmente, as ideias se tornaram cada vez mais criativas, com cabelos sendo tecidos em desenhos de broches, brincos, colares e até mesmo coroas.

8 – Pedidos extravagantes

Na Era Vitoriana, o luto estava na moda. Logo, as pessoas não se intimidavam em escrever sobre seus desejos para funeral e pós-sepultamento.

Esta era uma febre até mesmo entre os jovens perfeitamente saudáveis. Eles desejavam apenas que suas vontades fossem mantidas e ouvidas pela família no determinado momento.

Uma mulher, em particular, chamada Mary Drew, chegou a escrever um livro de 56 páginas com instruções sobre o que as pessoas deveriam fazer após sua morte.

Fonte: Listverse Fotos: Reprodução / Listverse 

Jornal Ciência