TOP 4 curiosidades científicas sobre tatuagens

de Merelyn Cerqueira 0

Tatuar a pele é um costume relativamente antigo, evidenciado pelos desenhos encontrados na pele de famosas múmias como a de Ötzi, datada em mais de 5.000 anos atrás.

As razões que levam alguém a marcar a pele perpetuamente são variadas, assim como as que, por vezes, levam ao arrependimento. De qualquer forma, a tatuagem é um hábito atemporal, que não saiu e, provavelmente, não sairá de moda nos próximos anos. Quando a Ciência decidiu estudar suas vantagens – embora muita gente não acredite, elas de fato existem – as tatuagens também foram utilizadas como base para novas pesquisas e inventos. Há, portanto, muita Ciência por trás deste tipo de arte, e você confere abaixo uma lista dessas curiosidades preparada pelo portal espanhol Muy Interesante.

1 – A Ciência por trás da arte

Você certamente já ouviu falar em Thomas Alva Edison, sendo ele um dos inventores mais prolíficos da história, mas, o que você pode não saber é que entre muitas de suas patentes se encontra a máquina de tatuar. Apesar de ter sido concebida para outro tipo de trabalho, ela foi adaptada para o uso de tatuadores.

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Este, no entanto, não é o único detalhe científico. Para fazê-la a pessoa certamente deve ter um conhecimento básico sobre a fisiologia da pele. Saber, por exemplo, como ela tende a se renovar com o tempo e como isso afetará o desenho caso ele não seja feito corretamente. Para impedir que isso aconteça, os tatuadores geralmente introduzem a tinta na derme, uma camada mais profunda que a epiderme. Neste caso, o desenho estará protegido de descamação e deterioração causadas por agentes externos como a luz solar.

Contudo, há de se lembrar que tal camada não impede que os pigmentos sejam atacados pelo sistema imunológico, que pode interpretar a tatuagem como uma ferida. Ele então enviará células brancas do sangue, como “soldados” que irão combatê-los. Como as moléculas presentes no pigmento da tinta são muito grandes, elas não serão removidas por completo, de modo que, apesar de afetada, a tatuagem irá permanecer local.

2 – Parece ser bom para a saúde

Embora ainda haja muito preconceito com as tatuagens, a verdade é que a prática está cada vez mais comum entre homens e mulheres de quase todas as idades. Dessa forma, muitos estudos científicos têm contribuído para demonstrar os benefícios proporcionados por ela para a saúde física e psicológica.

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Um estudo mais recente realizado por cientistas da Universidade do Alabama, nos EUA, mostrou que o sistema imunológico é um dos mais beneficiados pela tatuagem. Quando uma pessoa é tatuada pela primeira vez – como explicado acima – as linhas de defesa do organismo são postas em guarda para combater a tinta que invade o corpo. Contudo, se você voltar a fazê-la mais tarde, seu corpo já estará reforçado, como se tivesse sido vacinado contra uma infecção.

Em outro estudo, realizado pela Universidade do Texas, EUA, cientistas sugeriram uma correlação entre o número de tatuagens e nível de autoestima em mulheres. Embora possa parecer destoante, o fato é que, entre as participantes analisadas, a associação acabou por ser bastante clara.

3 – Vício em tatuagens?

Se você fez sua primeira tatuagem, certamente já deve ter sentido vontade de fazer a segunda, terceira e assim por diante. Seja por ansiedade ou não, o fato é que, chega um momento em que elas podem acabar se tornando um verdadeiro vício. A princípio, e diferente de outros hábitos de dependência, este não é prejudicial (isso se você confiar em seu tatuador). Contudo, uma vez que o hábito passa a interferir na vida, você deve começar a se preocupar.

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Indo além das conotações pessoais, da mesma forma que ocorre com outros vícios, a culpa da dependência, por vezes, envolve a liberação de substâncias como a endorfina, que são produzidas pela glândula pituitária e do hipotálamo como resposta natural à dor, no momento em que a pele é perfurada por uma agulha. O maior problema é que ela atua no sistema de recompensa do cérebro, produzindo uma sensação de prazer que se torna cada vez mais necessária – semelhante à dependência de químicos.

4 – O vício não é necessário para se arrepender

Às vezes você não precisa sentir um desejo incontrolável para fazer uma tatuagem da qual vai se arrepender depois. Caprichos inconfessáveis da juventude, nomes de ex-namorados, bem como lembranças de um momento de embriaguez são registrados todos os dias na pele de milhares de pessoas que gostariam de voltar no tempo para tomar decisões diferentes.

E como a possibilidade de viajar no tempo ainda é utópica, a Ciência mais uma vez trabalhou para ajudar a removê-las. Obviamente que o processo não é agradável, então a melhor coisa a fazer é, primeiramente, evitar que isso aconteça.

[ Muy Interesante ] [ Fotos: Reprodução / Pixabay / Fxxu / Unsplash / Flickr ]

Jornal Ciência