Há alguns meses, o sumiço de Bruno Borges, um estudante de 25 anos, do Acre, causou muita polêmica no Brasil. Ele teria desaparecido deixando uma série de manuscritos codificados que, segundo seus pais, seriam traduzidos e publicados em um livro.
No entanto, mais recentemente, a Polícia Civil do Acre disse ter encontrado “fortes indícios” de que o sumiço do rapaz pode ser uma ação de marketing para impulsionar a venda desses livros. O departamento de inteligência da corporação informou que, no mesmo dia em que Bruno sumiu, um contrato que falava sobre o faturamento das obras foi registrado em Rio Branco. Com informações da Veja.com.
Intitulado como “Contrato de Sociedade no Projeto Enzo com o Lançamento de 14 Obras”, o documento foi lavrado no dia 27 de março, no Primeiro Tabelionato de Notas, firmado com Marcelo de Souza Ferreira, um amigo de Bruno. O contrato definia um benefício de 15% das vendas do “Projeto Enzo” e das “14 literaturas iniciais”.
Em entrevista, o chefe do Departamento de Inteligência, o delegado Alcino Júnior, disse haver certa combinação para a publicação das obras, o que indica “fortes indícios” de um afastamento voluntário por parte de Bruno. Já a mãe de Bruno, a empresária Denise Borges, refutou a ideia de que o sumiço do filho esteja relacionado a uma ação de marketing.
“Eu sou a única pessoa que leu os quatro livros. Não se trata de uma jogada de marketing. Eu já sabia da existência dos contratos. Aqueles meninos ajudaram o Bruno”, disse ela, acrescentando que o lançamento do primeiro livro será feito em breve.
Nas redes sociais, Gabriela Borges, irmã de Bruno, manifestou sua opinião sobre a reviravolta no caso. “Qual o problema ele fazer um contrato para ajudar amigos que o ajudaram? O problema é que sempre tentam encontrar um meio pra prejudicar a imagem de alguém de bem”, disse ela.
Marcelo de Souza Ferreira, por sua vez, foi detido por dar falso testemunho à polícia.
Fonte: Veja Fotos: Reprodução / Veja
