Mulheres têm ereções? Pesquisadora explica que genitália feminina é muito diferente do que se imaginava

de Redação Jornal Ciência 0

A cada dia, a ciência apresenta novas teorias e, consequentemente, muda um pouco mais sobre o que entendemos da vida humana. Entretanto, muita coisa conectada com a sexualidade está sendo transmitida de forma errada.

Um bom exemplo é o órgão clitóris, que desde o século 19 foi afastado de livros científicos, devido à descoberta de que essa “estrutura” não interfere na reprodução humana e, por isso, não deveria ser abordado. 

Esta afirmação de não interferir na reprodução humana é contestada por uma série de estudos mais modernos que associam diretamente o prazer que o órgão proporciona com a fertilidade.

Por esse motivo, a pesquisadora francesa Odile Fidol criou um exemplar em três dimensões mostrando o que realmente é um clitóris e suas estruturas dimensionais. 

Segundo a especialista, há uma visão errada sobre como funciona a genitália feminina, e isso deve ser ensinado para as meninas desde cedo – retirando o tabu de que é “proibido” falar sobre o assunto.

“É vital saber desde cedo que o equivalente ao genital masculino numa mulher, não é a vagina, e sim o clitóris”, explicou em um comunicado.

O clitóris é uma “peça maior” e mais extensa do que podemos ver, e atualmente, sabemos que ele surge das mesmas estruturas embrionárias masculinas, além de sua anatomia ser semelhante.

A imagem abaixo mostra que a estrutura ocupa quase toda a vulva, a parte da frente da vagina, uma parte em volta da uretra e uma parte do períneo.

Além disso, há ramificações espalhadas pelo começo das coxas. Segundo os pesquisadores, as mulheres possuem um “sistema clitoridiano” que tem 18 estruturas anatômicas distintas. Nesta região, a parte mais sensível é a que fica mais evidente e para fora – uma espécie de “glande”.

A ereção

A estrutura é formada por um tecido erétil – parecido com o do genital masculino – e o clitóris se enche de sangue e aumenta quando estimulado, da mesma forma que uma pequena ereção.

Além disso, ele vem acompanhado de prepúcio, uma pele protetora que envolve a cabeça.

A quantidade de tecido erétil em homens e mulheres é praticamente a mesma, sendo que a única diferença é a forma como esse tecido é distribuído e o funcionamento das chamadas “válvulas”.

O que faz com que as estruturas eréteis se ativem é a excitação. Neste processo elas se enchem de sangue e ficam inchadas e sensíveis.

A excitação também proporciona o aumento da lubrificação natural vaginal. “As mulheres têm ereções quando são estimuladas, só que não são vistas porque o clitóris é interno”, finalizou a pesquisadora.

Fonte: Diário de Biologia Fotos: Reprodução / Diário de Biologia

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