Mulher quase morre após contrair bactéria devoradora de carne e precisar de 15 cirurgias

Em poucas horas, Carolyn havia desenvolvido Fasceíte Necrotizante — condição em que bactérias devoradoras de carne invadem o corpo

de Redação Jornal Ciência 0

Carolyn Gower era como qualquer outra mulher saudável de sua idade até ser pega de surpresa por uma doença misteriosa que a teria matado se ela não tivesse buscado ajuda de última hora.

A australiana foi encontrada por seus filhos prostrada na cama, na noite de 14 de março deste ano, com febre muito alta, já em estado de delírio. Ela foi levada às pressas para o hospital.

Após diversos exames, foi detectada uma infecção extremamente perigosa causada por bactérias carnívoras, que quase sempre levam à morte ou amputações nos sobreviventes.

Em poucas horas, Carolyn havia desenvolvido Fasceíte Necrotizante — condição em que bactérias devoradoras de carne invadem o corpo, geralmente por um pequeno corte ou arranhão na pele e atacam rapidamente, de forma voraz, especialmente pessoas com sistema imunológico debilitado.

Segundo os relatórios médicos, se os filhos não tivessem ido para sua casa naquela noite, suas chances de sobreviver eram praticamente zero, já que a ação destas bactérias é considerada ultrarrápida.

“A vida de Carolyn esteve em jogo pelas próximas duas semanas. Ela passou de 3 a 4 semanas em coma induzido, passou por vários tratamentos hiperbáricos, 15 cirurgias, incluindo 2 enxertos de pele, e passou dois meses na unidade de queimados do The Alfred Hospital”, disse sua amiga Susan Begbie, em entrevista ao jornal australiano News.

A Fasceíte Necrotizante faz com que os tecidos comecem a morrer rapidamente. Para evitar amputações ou a morte do paciente, os médicos precisam cortar todo o tecido necrosado que começa a aparecer em diversas partes. Se não forem rápidos o suficiente, a morte dos tecidos pode levar à amputação de membros e outras partes do corpo.

“Carolyn agora está de volta e está realizando um rigoroso programa de reabilitação, incluindo fisioterapia, terapia de exercícios, terapia ocupacional, fonoaudiologia e psicologia, enquanto aprende a andar e cuidar de suas necessidades diárias novamente, tentando processar o trauma que experimentou”, complementou a amiga Susan.

A bactéria comedora de carne deixou Carolyn com uma enorme cicatriz

Por ter ficado extremamente debilitada, Carolyn pede ajuda em uma “vaquinha on-line” chamada GoFundMe, para custear o tratamento, medicamentos e equipamentos clínicos necessários para sua reabilitação. O sistema público australiano não arcou com as dívidas médicas e o tratamento, segundo Susan.

“Essas doações ajudarão Carolyn com os requisitos necessários para sua recuperação, incluindo medicamentos, curativos, equipamentos, grades de segurança e roupas de compressão personalizadas”, escreveu ela.

Fonte(s): New York Post / News AU Imagem de Capa: Reprodução / New York Post Foto(s): Reprodução / Facebook

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