Fazendeiro de Alegrete, no Rio Grande do Sul, usou por quatro anos uma granada para segurar a porta de seu galinheiro.
Cléber Valmir Flores havia encontrado a peça em sua propriedade há mais de dez anos e não sabia o que era o artefato. “Tinha que colocar alguma coisa para escorar, aí botei aquela que era pesada”, contou.
A peça, capaz de destruir blindados, foi transportada por Cléber em seu próprio carro. Seu cunhado Amilton Araújo Silva, que já tinha servido ao Exército, foi quem desconfiou da peça e chamou os militares.
“Eu já tinha servido ao Exército. Procurei tirar ela, colocar num lugar mais seguro e procurar o Exército, pra consumir com ela. Porque algum dia poderia acontecer algum problema”, disse Amilton. Pesando cerca de 5 kg, a granada foi destruída no começo de maio pelo Exército.
Segundo os especialistas, o artefato era usado como munição de tanques de guerra. “É uma granada provavelmente de artilharia e ela estava muito oxidada, sem as inscrições visíveis do lote ou do ano de fabricação”, explicou Luis Sérgio da Costa Souto, comandante do 10º Batalhão Logístico de Alegrete.
O que mais deixou os militares intrigados é que a área em que a granada foi encontrada nunca foi um campo de treinamento militar nem fica próxima de um. Por segurança, o Exército utilizou detectores de metal na propriedade em busca de outros explosivos.
“Em hipótese nenhuma tocar, mover ou transportar essa granada. Os peritos são responsáveis, capacitados a operar, a mexer, a trabalhar com esse tipo de artefato explosivo com segurança. Qualquer mexida, qualquer movimentação dessa granada, pode ocasionar um acidente fatal”, esclarece Souto.
Fonte: NotiSul Fotos: Reprodução / NotiSul