Conhecido como Dendrobates azureus, esse minúsculo espécime é comumente encontrado em florestas tropicais da Costa Rica e Brasil, onde seu habitat está sendo gradualmente destruído.
Contudo, especialistas do Walfordand North Shropshire College, na Inglaterra, conseguiram reproduzir com sucesso em laboratório esse que é um dos anfíbios mais mortais do planeta. A rã em questão possui apenas 2,5 centímetros de comprimento, mas é tão venenosa que pode ser capaz de matar dez homens. Segundo o técnico de experimentação animal, Simon Metcalfe, que liderou o projeto, depois de pesquisar as condições ambientais necessárias e comportamento reprodutivo, alguns ajustes precisaram ser feitos antes da primeira ninhada de ovos ser colocada.
“Os ovos foram colocados em diversas ocasiões e os estudantes conseguiram de forma eficaz fazer com que se tornassem girinos”, disse. Conforme relatado pelo Mail Online, foram doados um sapo fêmea e outro macho para o laboratório. Uma vez que o par produziu um óvulo fertilizado, a equipe o colocou em um ambiente separado, onde, por 12 semanas, observou seu desenvolvimento. A temperatura da água foi definida em 27°C, aquecida com lâmpadas UV, a fim de recriar o habitat natural do sapo.
Apesar da temível reputação do sapo, os alunos nada tinham a temer: a minúscula rã só se torna venenosa após comer certas cascas de árvores tóxicas e insetos encontrados na natureza. Estimam-se que existam mais de 100 espécies de rãs venenosas no mundo, sendo todas minúsculas.
Elas são coloridas para alertar seus predadores de que são perigosas e é justamente na pele onde se concentra o veneno. Se alimentam principalmente de aranhas, formigas e cupins, encontrados no chão das florestas e capturados graças a sua excelente visão, além da língua gigante e pegajosa.
[ Daily Mail ] [ Fotos: Reprodução / Daily Mail ]