Cerca de 35% das mulheres com atraso menstrual têm aborto espontâneo e acham que só menstruaram

de Julia Moretto 0

Normalmente a gravidez possui 38 semanas e corresponde ao período da fecundação até o nascimento do bebê.

O que todas as mães desejam é que a sua gestão seja tranquila e seu bebê nasça com saúde. Mas infelizmente, nem tudo sai como o planejado. 

Durante este período, muitas mulheres sofrem aborto espontâneo ou interrupção da gravidez (IIG). Este problema ocorre quando a gravidez não completa o tempo certo devido a complicações.

O que também pode acontecer é o aborto esporádico, quando a mulher sofre o aborto, porém continua com as gestações normais. Outro caso típico é o aborto habitual, em que a mulher sofre três ou mais abortos seguidos.

aborto_02

Os especialistas consideram o aborto a interrupção da gravidez até a 20ª semana. O feto também deve ter menos que 500 gramas para se caracterizar como aborto espontâneo.

Entre a 22ª até a 36ª semana, os médicos consideram como parto prematuro, que pode ser espontâneo ou iatrogênico – necessitando que o médico interrompa a gravidez por algum motivo. 

O aborto espontâneo é muito comum nos seres humanos. Quando a mulher percebe a gravidez, a taxa de abortamento marca 15%. Quando considerado o período antes da confirmação da gravidez, essa taxa aumenta para 30% a 40%.

Isso é comum depois do atraso menstrual, em que a mulher perde muito sangue acreditando ser a menstruação, quando na verdade estava eliminando o embrião recém-formado.

São diversas as causas para este fenômeno, mas em 60% dos casos é possível saber a causa de acordo com o momento em que ocorreu o aborto.

Muitos especialistas acreditam que o problema ocorre pelo sistema imunológico rejeitar o novo embrião no corpo da mulher.

Além disso, o aborto espontâneo é um sinal de malformação do feto ou de uma gravidez inadequada. Quanto mais cedo esta fatalidade ocorre, maior a chance de o feto não estar bem formado. 

O motivo pode ser explicado de acordo com a semana que o aborto ocorreu. Um aborto espontâneo, também chamado de precoce, acontece até a 12ª semana. Nestes casos, a principal causa é genética, infecciosa ou imunológica.

Já nos abortos tardios, (da 12ª à 20ª semana) o problema é com a dificuldade de expansão, de crescimento do útero, malformações uterinas e a incompetência cervica l– dificuldade de manter o colo do útero fechado para ter uma gravidez normal. 

No aborto precoce, o casal passa por uma avaliação genética para ver se há casos de problemas na família, além de realizar um mapa dos cromossomos do casal –cariótipo.

Se o problema for genético, pode estar ocorrendo a translocação não balanceada. Este problema ocorre em 3% a 4% dos casais. Como é impossível mudar a genética, o casal pode tentar a fertilização assistida com a doação de oócitos ou de espermatozoides.

As grávidas devem ficar atentas com as infecções, como a toxoplasmose – doença transmitida pelo gato. A melhor forma para prevenir é não ter contato com as fezes ou urina do animal.

É importante que, antes de engravidar,sejam feitos exames de sorologias para infecções como toxoplasmose, rubéola e citomegalovírus e de outros possíveis empecilhos.

A alimentação não deve ficar de fora. Não é indicado comer carnes malcozidas, verduras sem lavar e sanduíches feitos em lugares sem higiene. A alimentação reflete na gestação, já que alivia a ansiedade.

 A mulher não é a única causa do abortamento. Os homens têm um papel fundamental na gravidez, tanto genético, quanto auxiliando em todas as fases.

Fonte: Diário de Biologia Fotos: Reprodução / Diário de Biologia

Jornal Ciência