Cauda de dinossauro com penas preservadas é descoberta por cientista

de Merelyn Cerqueira 0

Em uma expedição realizada em 2016 pela Universidade de Geociências da China, financiada pelo Conselho de Expedições da National Geographic, paleontólogos chineses fizeram uma descoberta inesperada ao comprarem um pedaço de âmbar em um mercado em Mianmar. 

Ao analisarem mais detalhadamente a pedra, os pesquisadores liderados por Lida Xing verificaram que dentro dela havia vestígios de uma cauda bem preservada – que incluía ossos, tecidos moles e até mesmo penas – de um jovem dinossauro que possivelmente viveu há 99 milhões de anos. 

A descoberta, que foi relatada na revista Current Biology, apresentava vestígios fósseis de um clado conhecido como Coelurosauria, representado por dinossauros terópodes, semelhantes às galinhas que conhecemos hoje, mas que podiam chegar até três metros de comprimento.  

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De acordo com informações da National Geographic, esta é a primeira vez na história que os cientistas foram capazes de encontrar um esqueleto mumificado de dinossauros emplumados.

Até o momento, os paleontólogos só haviam detectado restos de asas de aves que haviam vivido durante a era dos dinossauros. 

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A amostra quase translúcida de âmbar, foi datada como do meio do período Cretáceo, tinha o tamanho aproximado de um damasco seco. Dentro dele, um pedaço de 3,5 cm de cauda, coberto de penas delicadas e de cor castanha.

Tomografias computadorizadas e análises microscópicas revelaram que a amostra guardou cerca de oito das 25 vértebras da cauda do animal, possivelmente de uma região do meio ou extremidade.  

A amostra do âmbar em questão, formalmente chamada de DIP-V-15103 e apelidada de “Eva” em homenagem à paleobotânica Eva Koppelhus, vem de uma mina no vale Hukawng, em Kachin, no norte de Mianmar.

Acredita-se que as pedras desta região em particular provavelmente contenham a maior variedade de vida animal e vegetal do mundo associada ao período Cretáceo. 

Fonte: National Geographic Fotos: Reprodução / Offigeno

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