Casal é preso por fazer sexo com o próprio cachorro por 8 anos. É uma doença mental? Veja países onde prática é legalizada

O namorado foi acusado de registrar a agressão, fazendo filmagens de zoofilia, também chamada de bestialidade. Veja a doença mental envolvida e os países da Europa que permitem o ato

de Redação Jornal Ciência 0

Uma mulher da Flórida, EUA, foi presa por abusar sexualmente do próprio cachorro durante 8 anos seguidos, enquanto o namorado filmava todos os atos doentios, de acordo com a polícia.

Cristina Calello, 36, e seu namorado Geoffrey Springer, 39, tinham o material gravado escondido em casa, mas foram descobertos na terça-feira (02/08). O casal foi acusado criminalmente por cometer atos sexuais com animais. A polícia encontrou o HD de Geoffrey com milhares de horas de gravação.

O cachorro foi levado para atendimento veterinário, mas nenhuma lesão física foi encontrada. O xerife do Condado de Pinellas disse acreditar que Cristina cometia os atos por livre e espontânea vontade e não era coagida pelo namorado.

Em coletiva de imprensa, a polícia se recusou a comentar que tipos de atos sexuais eram cometidos e não deu detalhes sobre o horror vivido pelo animal. Cristina pagou fiança de US$ 5.000 por ter passagem anterior na polícia por agressão doméstica, e foi liberada. Geoffrey foi liberado sem necessidade de pagar fiança. Ambos aguardarão decisão judicial.

Nos EUA, a chamada bestialidade é uma contravenção de primeiro grau ou um crime em quase todo o país. Na Flórida, as penas incluem uma pena de no máximo 1 ano de prisão e a multa aplicada, em geral, não ultrapassa US$ 1.000.

São 11 estados norte-americanos que não possuem nenhuma lei específica sobre bestialidade, o que dá margem para que muitos agressores fiquem livres, com exceção quando algumas cortes consideram o ato como “abuso de animais”.

Apesar de ser um ato socialmente reprovável e cruel para com os animais, uma pesquisa científica publicada na revista The Journal of Qualitative Criminal Justice and Criminology, mostrou que de entre 5% e 8% dos homens cometem bestialidade, enquanto as mulheres entre 3% e 4%. Para essas pessoas, é normal o sexo com animais.

Canadá e Europa permitem

A Suprema Corte do Canadá decidiu há 6 anos que atos sexuais entre humanos e animais são legais. A decisão à época pegou todos de surpresa, após um homem ser absolvido por passar manteiga de amendoim na genitália de uma de suas filhas e permitir que o cão da família lambesse, enquanto ele filmava.

Os juízes decidiram, por 7 votos a 1, que é admissível que humanos tenham contato sexual com animais desde que não exista penetração. Eles levaram em consideração que na legislação do país não existe uma definição clara sobre o que é bestialidade.

O jornal britânico Daily Mail mostrou que existe uma tendência de “bordéis animais” em alguns países, onde as pessoas querem exercer o direito de praticar sexo com animais como “opção de vida”. No Brasil é crime, com detenção de 1 a 3 anos, e multa para quem cometer zoofilia.

Na Alemanha, por exemplo, a bestialidade é legalizada desde 1969 desde que o animal não seja maltratado de “forma significativa”. Dinamarca, Noruega, Bélgica e Suécia é permitido, “desde que os animais não sofram”.

Zoofilia é um distúrbio

A zoofilia ou bestialidade é considerada uma perversão sexual, como explicou a psiquiatra Renée Elizabeth, da Sociedade de Psiquiatria de Mato Grosso, em entrevista ao jornal Gazeta Digital.

“Para o indivíduo se manifestar desta forma, alguma coisa está errada, está com o comportamento alterado, mas para dizer o que está acontecendo para levá-lo à anomalia, isso somente é possível após avaliação, pode ser uma carência, pode ser um desejo de poder ou somente aceitação cultural da prática, o que é inclusive visto como normal nos interiores do país e muita gente faz piadinha com isso”, comenta a médica.

A prática da zoofilia, segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), é um Transtorno Parafílico Não Especificado, que inclui uma variedade de outros comportamentos de parafilia. Ao total, são mais de 550 tipos de parafilias catalogadas.

A parafilia é um transtorno caracterizado pela preferência ou obsessão por práticas sexuais socialmente não aceitas, como a pedofilia, o sadomasoquismo, o exibicionismo, a necrofilia (com cadáveres), zoofilia (animais), coprofilia (com fezes) e diversas outras.

Fonte(s): Daily Mail / Daily Star / The Independent / Carollina Salle / BBC / Gazeta Digital / A Mente É Maravilhosa Imagens: Reprodução / Daily Mail

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