Beijar bebês pode transmitir herpes, causar danos neurológicos e até levar à morte

O hábito de permitir que bebês sejam beijados não é adequado, segundo infectologistas e pediatras

de Redação Jornal Ciência 0

Beijar bebês, especialmente quando um novo integrante da família chega, parece ser um hábito comum entre as famílias, mas este comportamento oferece riscos reais à saúde do recém-nascido.

Mesmo que pareça “exagero” ou “excesso de cuidado”, o hábito deve ser evitado para que o bebê não tenha contato com o vírus do herpes e possa desenvolver problemas graves.

Apesar de ser considerado pouco comum, recém-nascidos podem desenvolver herpes e ter complicações graves como problemas neurológicos permanentes ou duradouros. O vírus pode até mesmo levar à morte.

Em um caso recente, a blogueira Dany Santos, dona da página “Amor de Mãe” no Facebook, fez um alerta após sua filha de 7 meses desenvolver herpes e apresentar os sintomas na face.

Os pediatras são categóricos ao afirmar que os pais devem, sim, pedir para familiares e amigos não beijarem seus filhos recém-nascidos. O hábito de beijar no rosto ou nas mãozinhas pode ser uma porta de entrada para o herpes.

Não somente o vírus do herpes, mas diversas outras doenças como o impetigo (infecção bacteriana da superfície da pele, altamente contagiosa) e acne neonatal.

O herpes é disseminado na população. Estima-se que 80% da população é portadora do vírus. O mais comum é transmiti-lo quando o adulto infectado possui as famosas “feridas” na região da boca.

Mas, mesmo sendo raro, pessoas sem nenhum sintoma ou nenhuma ferida podem também transmitir.

O recém-nascido não possui o sistema imunológico completamente formado e não consegue combater o vírus do herpes, o que pode gerar sérias consequências. Em geral, um bebê só deve sair de casa após 60 dias quando tomar todas as vacinas.

Parentes e amigos podem tocar e segurar o bebê, mas mesmo parecendo soar como indelicado, infectologistas e pediatras são taxativos que todos devem lavar as mãos com sabão ou usar álcool gel antes do toque.

Imagens: Reprodução / Shutterstock

Jornal Ciência