A cistite, considerada o tipo mais frequente de infecção urinária, é um problema de origem bacteriana que afeta pessoas de todas as idades e gênero.
As crianças, por exemplo, porque não controlam suas idas ao banheiro, ficam mais suscetíveis ao problema.
E o mesmo acontece com os adolescentes, que vivem a fase da iniciação sexual e, portanto, são bem expostos à infecção. Dito isso, abaixo você confere algumas especificidades da doença, conforme informações da revista Saúde.
Bebês e crianças
Se a infecção urinária aparecer com frequência, recomenda-se investigar a fundo a origem do problema, que pode até mesmo estar relacionado a uma má-formação do aparelho urinário. Nos bebês, os pais devem ficar atentos à higiene das fraldas, já que as fezes são repletas de bactérias.
De acordo com o pediatra Marco Aurélio Sáfadi, presidente do Departamento Científico de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, “estudos mostram que entre 5 e 10% das crianças que chegam ao pronto-socorro com febre e sinais localizados estão com infecção urinária”.
Logo, ele recomenda que os pais fiquem atentos à temperatura do corpo, situações de perda de apetite e crises de vômito.
Já nas crianças maiores, o ideal é observá-las no banheiro, verificando se a urina sai pouca e em gotejamento ou de qualquer outra maneira estranha. Para qualquer um dos sintomas, uma visita ao pediatra é essencial.
- – Mantenha o bumbum da criança limpo: Para toda troca de falda limpe muito bem a região genital e ânus do bebê, certificando-se de que nenhum resíduo ficou para trás.
- – Fique atento às visitas ao banheiro: verifique sempre a cor e quantidade de xixi produzido pela criança. O recomendável é que elas urinem a cada três horas e façam cocô pelo menos uma vez ao dia.
- – Fique de olho no aparecimento de febre: Se você notar que a temperatura corporal da criança subiu e nenhum outro sintoma aparente surgiu, leve-a a um médico.
- – Para os meninos, a circuncisão é uma boa opção: a cirurgia para remoção de fimose parece proteger os meninos da infecção urinária. Verifica-se uma incidência 10% menor nos circuncidados.
Adolescentes
O período da adolescência é acompanhado de uma confusão de hormônios e a chamada iniciação sexual. De acordo com Sáfadi, por motivos diretos e indiretos, a probabilidade de infecção urinária é maior. “A razão ainda não está clara, mas pesquisas associam a doença a mudanças hormonais em si”, explica.
Segundo o médico Rodrigo Lima, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, “o sexo é um fator de risco, especialmente se os hábitos de higiene não são os melhores”.
Ele considera que o ato de penetração, mesmo acompanhado do uso de preservativo, facilita o trânsito de bactérias que vivem na uretra e na região anal.
Por esse motivo, é extremamente importante limpar a região genital após a relação sexual e idas ao banheiro. Já a Associação Europeia de Urologia recomenda que os homens não usem camisinhas com espermicida, uma vez que a substância pode desequilibrar o microbioma humano, provocando infecções.
- – Limpe-se bem: A ida ao banheiro deve ser seguida de uma boa higiene da região íntima. As meninas, por exemplo, devem seguir o método de limpeza “de frente para trás”.
- – Procure um médico: o acompanhamento médico, de ginecologista e urologista, deve ser regular para que problemas sejam evitados.
- – Na hora do sexo: nunca descarte o uso do preservativo. No entanto, evite as versões com espermicidas.
- – Hidrate-se: Tomar bastante água é essencial para prevenir o aparecimento de cistite. Tome cerca de dois litros por dia, para ajudar a garantir o bem estar da uretra.